“O Reino Animal”

Um estranho vírus assola o mundo, transformando alguns seres humanos em animais de todo o tipo, desde aves a répteis, e os países lidam com o fenómeno de várias maneiras. Em França, os mutantes são internados em clínicas improvisadas, fora das grandes cidades. A mulher de François (Romain Duris) é afetada por este mal e Émile (Paul Kircher), o seu filho de 16 anos, parece ter sido contaminado pela mãe, e não quer que ninguém, nem mesmo o pai, saiba. Thomas Cailley (“Os Combatentes”) assina aqui um curioso filme de ficção científica, mais interessado no impacto da mutação na vida das famílias, nas relações entre as pessoas e no equilíbrio social, do que em sequências espectaculares (as raras, como a evolução de um rapaz de humano para águia, combinam efeitos especiais tradicionais e digitais). A parte final desilude pela previsibilidade, mas mesmo assim, “O Reino Animal” é uma fita digna de nota, e o jovem Paul Kircher é muito bom a viver a aflição e a angústia da sua gradual transformação em lobo.

“Five Nights at Freddy’s — O Filme”

Hollywood continua a apostar nas adaptações de jogos de vídeo, como sucede agora com este filme baseado na série homónima dos mesmos, criada em 2014. Mike (Josh Hutcherson), um segurança que trabalhava num centro comercial e foi despedido após confundir um pai negligente com um raptor de crianças, aceita relutantemente um emprego de vigilante noturno no Freddy’s Fazbears Pizza, um centro de entretenimento para as famílias que faliu e está encerrado. O que ele não sabe é que as mascotes robóticas do estabelecimento estão possuídas pelos espectros de crianças assassinadas, e são tomadas por instintos homicidas quando aparecem intrusos ou pessoas de que não gostam. A conceção das entidades robóticas de “Five Nights at Freddy’s — O Filme” ficou a cargo  da Jim Henson’s Creature Shop.

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Ciclo Mestres Japoneses Desconhecidos III

A terceira parte deste ciclo apresenta mais três filmes inéditos da autoria de cineasta nipónicos que não tiveram a devida divulgação entre nós. São eles O Som do Nevoeiro, de Hiroshi Shimizu (1956), um melodrama que começa numa cabana nos Alpes japoneses, onde se encontram dois recém-casados e um professor e a sua amante; A Tragédia do Bushido, de Eitaro Morikawa (1960), um filme de época envolvendo um jovem que vai cometer seppuku para não desonrar o clã de samurais a que pertence, e a mulher do seu irmão mais velho, que o criou como se fosse seu filho; e O Monge Apostador, de Shogoro Nishimura (1963), uma comédia dramática passada no Japão do pós-guerra e protagonizada por um professor de liceu que se torna monge após a morte do irmão, um sacerdote, mas se vicia em jogos de azar.

“Jeanne du Barry — A Favorita do Rei”

Desde os seus primórdios que o cinema se interessa pela figura de Madame du Barry, a última amante do rei Luís XV, nascida Jeanne Bécu, plebeia e filha ilegítima, e que foi prostituta de luxo antes de se tornar na amante do conde Du Barry-Cérès, e deste a ter introduzido no leito real, para daí colher benefícios e privilégios. Neste novo filme biográfico, a atriz e cineasta francesa Maïwenn não só realiza e colabora na escrita do argumento, como assume também o papel de Madame du Barry, tendo conseguido autorização estatal para rodar no Palácio de Versalhes. Johnny Depp personifica Luís XV e e no elenco de Jeanne du Barry — A Favorita do Rei encontramos ainda nomes como Pierre Richard, Melvil Poupaud, Benjamin Lavernhe, Pascal Greggory e Noémie Lvovsky. Pode ler a crítica aqui.