O exército nigeriano atacou por engano uma vila onde decorria uma festa religiosa, provocando a morte a 85 pessoas e ferindo mais de 60, adianta a Al Jazeera.

O ataque aéreo (com recurso a um drone) que ocorreu no domingo, e visava “terroristas” acampados no estado nigeriano de Kaduna. No entanto, e de forma acidental, os militares nigerianos atacaram a vila de Tudun Biri, no mesmo estado, admitiu, em comunicado, o gabinete regional da Agência Nacional de Gestão de Emergências da Nigéria.

Nesta vila decorria uma festa religiosa muçulmana, que celebrava o nascimento do profeta Maomé.

Apesar de o balanço apontar para 85 mortos, esta é ainda uma contabilização provisória. As autoridades nigerianas admitem que as operações de busca ainda decorrem. A Amnistia Internacional da Nigéria aponta para cerca de 120 mortos, citando relatos de trabalhadores e voluntários da zona. “Muitas deles são crianças [e] estão a ser descobertos mais cadáveres”, disse o diretor da organização na Nigéria, Isa Sanusi, à Associated Press.

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Esta não é a primeira vez que o exército nigeriano confunde a população civil com os seus alvos. Em fevereiro de 2014, um avião militar nigeriano lançou uma bomba em Daglun, no estado de Borno, matando 20 civis. O objetivo seria eliminar membros do grupo terrorista Boko Haram, com forte presença na região.