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Arthur, o herói cada vez mais provável que viu quem chegou e disse que já cá estava (a crónica do Benfica-Sp. Braga)

Num jogo eletrizante na Luz, Benfica venceu Sp. Braga e garantiu continuidade na Taça (3-2). Arthur Cabral marcou, assistiu, festejou com os adeptos e lembrou que chegou antes de Marcos Leonardo.

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O avançado brasileiro marcou o segundo golo dos encarnados e assistiu para o terceiro

Getty Images

O avançado brasileiro marcou o segundo golo dos encarnados e assistiu para o terceiro

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Depois de uma temporada em que conseguiu voltar a ser campeão nacional mas não chegou às finais da Taça de Portugal ou da Taça da Liga, o Benfica entrou em 2023/24 à procura de uma época que pudesse espelhar a recuperação da hegemonia interna. Quis a sorte, porém, que os oitavos de final da segunda competição nacional obrigassem desde logo a uma receção ao Sp. Braga — complicando ainda mais um mês de janeiro que já tinha um calendário muito preenchido.

Esta quarta-feira, menos de um mês depois de terem vencido os minhotos na Pedreira com um golo solitário de Tengstedt, os encarnados voltavam a defrontar a equipa de Artur Jorge numa eliminatória de vitória obrigatória para garantir o apuramento para os quartos de final da Taça de Portugal. Quartos de final onde já estavam, desde logo, Sporting e FC Porto. E Roger Schmidt tinha noção da importância do jogo, da competição e da qualificação para o atual momento de absoluto crescendo da equipa.

Ficha de jogo

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Benfica-Sp. Braga, 3-2

Oitavos de final da Taça de Portugal

Estádio da Luz, em Lisboa

Árbitro: Nuno Almeida (AF Algarve)

Benfica: Trubin, Fredrik Aursnes, António Silva, Otamendi, Morato, João Neves, Kökçü, Di María (Tiago Gouveia, 90′), Rafa, João Mário (Florentino, 72′), Arthur Cabral (Musa, 90′)

Suplentes não utilizados: Samuel Soares, Jurásek, Gonçalo Guedes, Chiquinho, Marcos Leonardo, Tomás Araújo

Treinador: Roger Schmidt

Sp. Braga: Lukáš Horníček, Víctor Gómez (Roger, 76′), Paulo Oliveira, Serdar, Borja (André Horta, 88′), Rodrigo Zalazar (Pizzi, 88′), João Moutinho, Vitor Carvalho (Joe Mendes, 76′), Ricardo Horta, Abel Ruiz, Rony Lopes (Álvaro Djaló, 56′)

Suplentes não utilizados: Matheus, José Fonte, Adrián Marín, Castro

Treinador: Artur Jorge

Golos: Rodrigo Zalazar (7′ e 48′), Rafa (42′), Arthur Cabral (44′), Fredrik Aursnes (70′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Morato (41′), a Víctor Gómez (59′), a Di María (60′), a Paulo Oliveira (72′)

“Espero um jogo difícil, especialmente por ser um jogo de Taça. É sempre especial, porque depois deste jogo uma equipa ficará de fora. Gosto imenso desta competição. Sabemos que o Sp. Braga é uma equipa muito boa, mas jogamos em casa, estamos em boa forma e temos confiança para fazer um jogo de topo e vencer. É esse o nosso objetivo. Queremos avançar na Taça e estamos preparados para um jogo difícil. Mudanças? Veremos. Disputámos vários jogos, mas penso que estamos em boa condição”, atirou o treinador alemão, sem esquecer que na época passada o Benfica foi eliminado precisamente pelo Sp. Braga nos quartos de final da prova.

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Neste contexto e ainda sem contar com o lesionado Tengstedt, Schmidt ainda não estreava o reforço Marcos Leonardo, que começava no banco, e mantinha o onze inicial habitual, com Di María, Rafa e João Mário no apoio mais direto a Arthur Cabral. Do outro lado e sem poder contar com Simon Banza e Niakaté, que estão na CAN, Artur Jorge também poupava Al Musrati e Bruma e apostava em Rony Lopes, Abel Ruiz e Ricardo Horta no ataque, sendo que Matheus era suplente e cedia a titularidade na baliza a Lukáš Horníček.

O jogo começou com o mesmo ritmo da partida da Pedreira, com algum espaço para explorar e muitas transições rápidas dos dois lados que davam origem a uma lógica de parada-resposta. Di María teve a primeira aproximação mais perigosa, com um remate que esbarrou em Paulo Oliveira (2′), Zalazar respondeu do outro lado com um cabeceamento que passou por cima (4′) e Víctor Gómez acabou por protagonizar a primeira oportunidade digna desse nome, com um pontapé de fora de área que Trubin defendeu (7′).

Logo depois, sem que a dinâmica do jogo estivesse completamente estabelecida, surgiu o golo. Jogada estudada do Sp. Braga, com Borja a cobrar um canto curto e rasteiro para encontrar João Moutinho junto à linha de fundo: o médio português colocou atrasado em Zalazar, que atirou forte e viu a bola desviar em João Mário para trair Trubin e abrir o marcador (7′). O Benfica procurou reagir de imediato à desvantagem, com João Neves a atirar ao lado (13′) e António Silva a cabecear para defesa de Lukáš Horníček (15′), mas o ímpeto dos encarnados pouco durou.

Os minhotos conseguiram implementar um bloco médio-baixo muito eficaz que tinha como objetivo bloquear as investidas adversárias e apostar essencialmente na transição rápida para procurar aumentar a vantagem. Os encarnados contavam essencialmente com Rafa para acelerar o jogo, numa primeira parte em que João Mário e Di María estiveram muito desaparecidos, mas a equipa de Artur Jorge mostrava-se muito confortável em campo e não permitia muito espaço.

Nos últimos cinco minutos antes do intervalo, porém, tudo mudou. O Benfica conseguiu empatar por intermédio de Rafa, que aproveitou um passe delicioso de Kökçü para surgir isolado e finalizar na cara do guarda-redes (42′), sublinhando-se a recuperação de bola de João Neves no início da jogada. Logo depois, aproveitando um entusiasmo que surpreendeu o Sp. Braga, Arthur Cabral recebeu um lançamento lateral diretamente na área, trabalhou bem sobre Víctor Gómez e virou-se para atirar rasteiro e dar a volta ao resultado (44′). No fim da primeira parte, depois de já ter estado a perder, o Benfica estava a vencer na Luz.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Benfica-Sp. Braga:]

Nenhum dos treinadores fez alterações ao intervalo e o Sp. Braga voltou a ter uma entrada brutal na partida, recuperando o empate ao fim de poucos minutos: canto novamente na direita, alívio incompleto da defesa do Benfica para a entrada da grande área e Zalazar, com um grande pontapé de primeira e ainda de muito longe, bisou para voltar a igualar o resultado (48′). 

Artur Jorge mexeu pouco depois, trocando um apagado Rony Lopes por Álvaro Djaló, e os encarnados ensaiaram uma reação com um remate de Otamendi que passou muito por cima (57′) e um pontapé de Arthur Cabral que Horníček defendeu (59′). Contudo, e principalmente depois da entrada do avançado espanhol, o Sp. Braga voltou a demonstrar capacidade para ir atrás do resultado e cresceu no jogo, com Zalazar a ameaçar o hat-trick com um remate cruzado que Trubin defendeu junto ao poste (60′) e um livre direto que o ucraniano também parou (67′).

A 20 minutos do fim, porém, Arthur Cabral disse que não ia abdicar do estatuto de herói do jogo. António Silva subiu no terreno, colocou no brasileiro e o avançado desviou de calcanhar para Aursnes, numa assistência brilhante para o jogador norueguês atirar cruzado já na área e devolver a vantagem ao Benfica (70′). Roger Schmidt reagiu ao trocar João Mário por Florentino e Artur Jorge respondeu com Joe Mendes e Roger, que substituíram Víctor Gómez e Vitor Carvalho.

Mas até ao apito final, e à exceção de um lance já nos descontos em que Trubin evitou um desvio de Pizzi (90+2′), pouco aconteceu. O Benfica venceu o Sp. Braga num jogo eletrizante, eliminou os minhotos e está apurado para os quartos de final da Taça de Portugal: Arthur Cabral marcou, fez uma assistência e correu o que sempre disseram que não corria para mostrar que viu que Marcos Leonardo chegou, mas que ele ainda cá está.

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