Há Clássico marcado na final do Jamor. No próximo dia 26 de maio, FC Porto e Sporting encontram-se na final da Taça de Portugal e disputam o último troféu da temporada pela sexta vez, sendo que os leões festejaram em três temporadas e os dragões ficaram com o título nas outras duas. Do lado da equipa de Sérgio Conceição, esta é mesmo a terceira final consecutiva, sendo que conquistaram a Taça nos últimos dois anos e contra Tondela e Sp. Braga.

Francisco, o guia da habitual viagem de família ao Jamor (a crónica do FC Porto-V. Guimarães)

Com a vitória desta quarta-feira contra o V. Guimarães, o FC Porto reforçou o recorde de vitórias consecutivas na Taça de Portugal, chegando às 20, mais quatro do que o registo anterior, que pertencia ao Benfica e já datava do início dos anos 80: a última derrota dos dragões na competição foi contra o Sp. Braga, em março de 2021, quando foram eliminados nas meias-finais.

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Num dia em que Sérgio Conceição foi forçado a levar para o banco de suplentes vários jogadores da equipa B, como Wendel Silva, Gonçalo Ribeiro, João Mendes ou Zé Pedro, Francisco Conceição voltou a ser o melhor elemento do FC Porto, Taremi regressou ao onze inicial mais de três meses depois e Pepê mostrou-se novamente decisivo. Na zona de entrevistas rápidas, o treinador do FC Porto disse estar “satisfeito qb”.

“Acho que foi mais do mesmo que tem acontecido nos últimos jogos, a primeira vez que o adversário vai à baliza faz golo. Temos de abordar o lançamento de uma ou outra forma. Temos de disputar de outra forma os duelos. O jogo foi preparado, o Álvaro fala muito dos espaços a explorar e hoje explorámos bem esses espaços. Andamos sempre, no fundo, numa primeira fase de construção, a jogar nas costas dos médios. Era importante quando atraíamos os adversários, nos movimentos entre os centrais, e tudo isso foi preparado. Tivemos mais oportunidades, podia ter terminado de uma outra forma, mas pelo que o V. Guimarães fez creio que é um resultado justo. É uma vitória que não dá nada. Não festejamos vitória, festejamos títulos, então estamos satisfeitos qb”, disse o treinador dos dragões, que chegou à quinta final da Taça em sete possíveis com o FC Porto, acrescentando ainda a de 2014/15, em que orientava o Sp. Braga.

“Na nossa vida, temos de estar habituados a situações negativas que não são expectáveis. Acho que os jogadores foram muito maduros. Continuámos dentro daquilo que era a nossa estratégia, hoje foi um jogo muito bom da parte dos nossos adeptos, até dos rivais, que estiveram sempre presentes. Ganhámos um jogo apenas”, acrescentou Sérgio Conceição.

Mais à frente, o treinador dos dragões abordou o momento em que consolou Galeno, que estava em lágrimas no banco de suplentes depois de ter falhado uma oportunidade clara antes de ser substituído. “Quero ser um pouco pai deles, alguns é que se calhar não se sentem filhos. A frustração do Galeno é boa, está a sentir o jogo. Sentia que podia ter feito um bocadinho mais, estamos juntos nesta luta. Quando perdemos, perdemos todos. Não foi só o Galeno que perdeu essas oportunidades, fomos todos. É com este espírito que temos de continuar e atenuar aquilo que foi um Campeonato não tão bem conseguido e com a conquista da Taça de Portugal”, explicou.

Já Francisco Conceição, que sofreu o penálti que deu origem ao primeiro golo e marcou o segundo, reconheceu que a equipa vinha de “um período difícil”. “Infelizmente, as coisas não surgiram nos últimos jogos. Entrámos neste jogo a sofrer um golo, o que é muito difícil para uma equipa que vem de um mau momento. Mostrámos que para representar este símbolo é preciso dar a vida e foi isso que fizemos. Vínhamos de umas semanas difíceis e conseguimos dar a volta. Fizemos o normal nesta casa, que é ganhar e garantir a final. Agora vamos à procura de conquistar a Taça de Portugal”, atirou o internacional português.