A Grande Barreira de Coral, no nordeste da Austrália, está a sofrer o pior episódio de branqueamento de que há registo, anunciou nesta quarta-feira a autoridade gestora.

“O impacto cumulativo sofrido pela barreira este verão foi maior do que nos verões anteriores”, declarou a Autoridade do Parque Marinho da Grande Barreira de Coral, que depende do governo federal australiano, em comunicado.

Já em março, as autoridades alertavam para este novo episódio de branqueamento, devido ao aumento da temperatura da água em consequência das alterações climáticas, o sétimo desde 1998.

Grande Barreira de Coral afetada por sétimo “enorme branqueamento”

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Este grande recife de coral é um dos que foi afetado por este episódio de branqueamento em massa que afetou corais em 53 países, foi na terça-feira anunciado.

Mundo está a passar por outro episódio em massa de branqueamento de corais

E já esta quarta-feira chegou até nós o alerta lançado pela ONU: o mundo não está a fazer o suficiente para defender os recifes de corais. 

Mundo não está a fazer o suficiente para proteger os recifes de corais, alerta ONU

A Grande Barreira de Coral, que se estende por mais de 2.300 quilómetros ao longo da costa do estado de Queensland, é frequentemente considerada a maior estrutura viva do mundo. Alberga uma biodiversidade extremamente rica, com mais de 600 espécies de corais e 1.625 espécies de peixes.

As observações aéreas mostraram que cerca de 730 dos mais de mil recifes observados estão branqueados, disse.

O branqueamento é causado por um aumento da temperatura da água, que expulsa as algas simbióticas que dão aos corais uma cor brilhante. Se as temperaturas elevadas persistirem, o coral torna-se branco e morre.

Em várias zonas do Parque Marinho, “os corais têm sido expostos a níveis recorde de calor”, sublinhou a Autoridade.