Todos os anos milhares de pessoas reúnem-se para as celebrações do solstício de verão no Stonehenge, monumento com cinco mil anos no Reino Unido. Este ano, os visitantes vão encontrar várias pedras da aldeia arqueológica com um aspeto diferente — foram pulverizadas com um pó laranja por dois ativistas ambientais que apelam a que o próximo governo do Reino Unido coloque fim aos combustíveis fósseis até 2030.
O movimento “Just Stop Oil” reivindicou, através das redes sociais, o ataque que decorreu na quarta-feira de manhã. Em comunicado citado pela BBC, o grupo identificou os dois ativistas. Niamh Lynch, uma estudante de 21 anos de Oxford, e Rajan Naidu, um idoso de 73 anos de Birmingham, correram para o monumento com pulverizadores que espalharam o pó pelas pedras. Os dois acabaram detidos pelas autoridades britânicas.
???? BREAKING: Just Stop Oil Spray Stonehenge Orange
???? 2 people took action the day before Summer Solstice, demanding the incoming government sign up to a legally binding treaty to phase out fossil fuels by 2030.
???? Help us take megalithic action — https://t.co/R20S8YQD1j pic.twitter.com/ufzO8ZiDWu
— Just Stop Oil (@JustStop_Oil) June 19, 2024
O grupo ativista garantiu que a tinta laranja em pó era farinha de milho e que “desapareceria com a chuva”. Em reportagem no local, a BBC apurou que a tinta deverá ser removida sem danos duradouros, mas serão precisos especialistas para inspecionar as pedras antes de tomar uma decisão.
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Apesar do alegado carácter biodegradável e temporário da tinta que manchou as pedras, o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak condenou o incidente como um “ato vergonhoso de vandalismo”. Na rede social X, o governante classificou o movimento “Just Stop Oil” enquanto uma “desgraça”.
Just Stop Oil are a disgrace.
— Rishi Sunak (@RishiSunak) June 19, 2024
Nick Merriman, diretor executivo do English Heritage, afirmou que o vandalismo foi um ato “profundamente triste” e que as pedras pré-históricas são “testemunho do desejo das pessoas se ligarem à natureza”. Apelou a que os ativistas comecem a escolher locais “fora dos museus e locais históricos” para protestar.
Pessoas que se encontravam a visitar o monumento tentaram impedir o ataque com tinta ao monumento que é património mundial da UNESCO.
Além de ter servido para albergar os construtores do Stonehenge, pensa-se que a aldeia pré-histórica fosse um local onde eram realizadas várias cerimónias e banquetes, devido à descoberta de artefactos junto ao monumento megalítico.