Em 2008, ficaram no terceiro lugar do Grupo B atrás de Croácia e Alemanha. Em 2016, ficaram no quarto lugar do Grupo F atrás de Hungria, Islândia e Portugal. Em 2020, ficaram no segundo lugar do Grupo C atrás dos Países Baixos. Em 2024, fizeram história: pela primeira vez, a Áustria venceu um grupo num Campeonato da Europa.
Sabitzer, o mais provável dos alegres improváveis (a crónica do Países Baixos-Áustria)
Naquela que é apenas a quarta participação dos austríacos na competição, a equipa de Ralf Rangnick surpreendeu os Países Baixos e aproveitou o empate de França para ficar com o primeiro lugar do Grupo D, garantindo não só a presença nos oitavos de final, mas também a ideia de que terá um adversário mais acessível na próxima fase. Logo, arriscando o melhor resultado de sempre, já que nunca foi além dos mesmos oitavos de final alcançados no Euro 2020.
Esta foi apenas a terceira vez que a Áustria registou duas vitórias numa fase final de uma grande competição, sendo que a melhor participação de sempre continua a ser a do Mundial 1978, quando registou três triunfos, ainda que num formato muito distinto do atual. Já alcançado, porém, está o recorde de golos numa única edição do Europeu, seis. A título individual, o capitão Marcel Sabitzer estreou-se a marcar em Campeonatos da Europa e chegou aos 18 golos pela Áustria, entrando no top 10 dos melhores marcadores da história do país.
A ????????Áustria bateu o seu recorde de golos numa só edição em Europeus. Marcou 6 golos nesta edição, na história já leva um total de 13 remates certeiros#Euro2024 #NEDAUT pic.twitter.com/kXaTZ0xVn1
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A euforia foi total no Olímpico de Berlim depois do apito final, com jogadores e equipa técnica da Áustria em comunhão com os adeptos que viajaram até à Alemanha. A comitiva esteve muito tempo junto das bancadas e, quando já se dirigia para o túnel de acesso aos balneários, voltou ao relvado aos primeiros acordes de “Sweet Caroline”, a música de Neil Diamond que normalmente é o amuleto de Inglaterra, mas que agora serviu como banda sonora para os austríacos.
Há 16 anos que os Países Baixos não sofriam três golos num jogo de uma fase final, sendo que a última vez tinha sido no Euro 2008 e contra a Rússia, e o segundo até foi histórico: o cabeceamento de Romano Schmid, a meio da segunda parte, foi o golo 900 da história dos Campeonatos da Europa. Uma história onde entra um português, já que Nani, no Euro 2016, assinou o golo 600 dos Europeus.
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Por fim, e porque tudo parece acontecer por acaso, a prestação da Áustria está a dar razão à decisão de Ralf Rangnick. O selecionador austríaco, que recentemente esteve à frente do Manchester United, recusou as abordagens do Bayern Munique nas últimas semanas da temporada e antes de os alemães optarem por Vincent Kompany para se concentrar no Euro 2024. E a Áustria vai agradecendo o patriotismo.