O Presidente russo, Vladimir Putin, sugeriu esta sexta-feira a necessidade de restaurar a produção de mísseis de curto e médio alcance em resposta às medidas tomadas pelos Estados Unidos.
“Aparentemente, temos de começar a produzir estes sistemas de ataque e depois, com base na situação real, decidir onde os implantar, se isso for necessário para garantir a nossa segurança”, disse o líder do Kremlin numa reunião com membros do Conselho de Segurança.
Putin acrescentou que há alguns anos Washington retirou-se sob um “pretexto fabricado” do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário para a eliminação de mísseis de curto e médio alcance.
“Anunciámos em 2019 que não produziríamos estes mísseis e não os implantaríamos se os Estados Unidos não o fizessem noutras regiões”, disse o Presidente russo.
Ao mesmo tempo, “hoje sabe-se que os Estados Unidos não só produzem estes sistemas de mísseis, como já os trouxeram para a Europa para exercícios”, afirmou, num contexto de tensões crescentes entre Moscovo e Washington e os aliados da NATO devido à invasão russa da Ucrânia.
“Temos de reagir a isto e tomar uma decisão sobre como vamos proceder nesta situação”, insistiu.
Em maio passado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo já tinha avisado que Moscovo poderia reforçar o seu programa de mísseis de curto e médio alcance em resposta às “ações cada vez mais agressivas da NATO”.