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O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, reconheceu esta sexta-feira, após encontrar-se em Moscovo com o Presidente russo, Vladimir Putin, que as posições da Rússia e do Ocidente estão “muito distantes” sobre a guerra na Ucrânia.
Queria ouvir e escutei a opinião de Putin (…) As posições estão muito distantes, é preciso dar muitos passos para chegar mais perto do fim da guerra, mas o passo mais importante foi o estabelecimento de contactos e vou continuar a trabalhar”, afirmou Orbán em declarações à imprensa no âmbito da sua visita de surpresa à capital russa, que motivou críticas dos seus pares europeus.
Após a reunião à porta fechada de mais de duas horas e meia, Vladimir Putin voltou a descartar um cessar-fogo com a Ucrânia, alegando que ajudaria o “regime de Kiev” a recuperar e preparar-se para contra-atacar: “A Rússia é a favor do fim completo e definitivo do conflito”.
O líder do Kremlin defendeu “a retirada completa de todas as tropas ucranianas” das autoproclamadas repúblicas populares pró-russas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, e das regiões parcialmente anexadas de Zaporijia e Kherson, no sul, bem como de “outras condições” que devem ser analisadas “com suficiente detalhe” em possíveis reuniões futuras.
Putin disse ter encarado a visita a Moscovo do primeiro-ministro da Hungria, que detém a presidência rotativa da União Europeia, como uma forma de tentar restabelecer o diálogo com Bruxelas, numa altura em que as relações “estão no seu ponto mais baixo“.