A Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA) emitiu esta segunda-feira um alerta devido a um surto de gripe das aves numa quinta em São João das Lampas, em Sintra. As autoridades portuguesas detetaram um “foco de infeção” na passada sexta-feira, segundo um comunicado da Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), na sequência do qual, a OMSA emitiu o alerta, citado pela Reuters.

O vírus H5N1 de Alta Patogenicidade — ou seja, de elevado contágio — foi detetado numa “exploração de galinhas poedeiras” com mais 50 mil aves, escreve DGAV. Foram ativadas as medidas de controlo do foco, mas, segundo a OMSA, morreram 279 animais.

A agência, sediada em Paris, alerta para o aumento sazonal da gripe das aves na Europa, o que leva a um aumento exponencial de mortes em aviários, uma queda na produção e um aumento de preços deste produtos. Ao mesmo tempo, aumentam os perigos de transmissão para humanos.

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Neste sentido, a DGAV renovou os apelos para que os “detentores de aves cumpram rigorosamente as medidas de biossegurança e as boas práticas de produção avícola”. A agência destaca como prioridades evitar o contacto com os animais, o reforço da higienização e um maior controlo dos aviários.

O surto está restrito ao aviário e sem disseminação nas proximidades, relatou Catarina Fernandes, chefe do gabinete de saúde pública da Câmara Municipal de Sintra. Em declarações à CNN Portugal, adiantou que a identificação e combate ao surto é “competência da DGAV” e que a câmara colaborou em tudo o que foi necessário.

Isso passou pelo rastreio de todas as aves num raio de três quilómetros do aviário infetado, mas todos os testes deram negativo, pelo que se pode concluir que o surto está restrito, acrescentou. Já quanto à possível venda de animais infetados, Catarina Fernandes adiou respostas para a DGAV, salientando novamente que essa questão é da sua responsabilidade.