O Observador publica esta semana uma série de seis reportagens feitas na Suécia, o país que desafiou o confinamento contra a Covid-19. A estratégia, que uns consideram um milagre e outros um desastre; os hospitais, agora com maiores dificuldades; o impacto na economia e os erros que o explicam; o dia a dia de um infetado, com testes em casa e nenhuma punição se violar as regras; o escândalo nos lares de idosos; e Anders Tegnell, o epidemiologista que recebe flores e ameaças de morte. Esta é 3.ª parte.
É quase meio dia de uma terça-feira de fim de novembro e a Stortorget, a praça mais antiga e emblemática de Estocolmo, em torno da qual a cidade se desenvolveu e espraiou pelas 14 ilhas que hoje a compõem, está praticamente deserta. No centro da praça — que, por esta altura, já devia estar cheia de gente às compras no mercado de Natal que, este ano, foi cancelado — há apenas um grande pinheiro, ao lado da fonte de pedra; duas das seis esplanadas que a rodeiam estão fechadas, nas outras não há absolutamente ninguém.
No interior do Chokladkoppen, que vende sumos naturais, sanduíches, bolos elaborados e os típicos kanelbulle suecos, há duas mesas ocupadas, quatro pessoas ao todo; no café do lado, o Kaffekoppen, do mesmo proprietário, não há nem um cliente. “Em outubro não foi mau, mas, desde então, tem vindo sempre a piorar”, diz a empregada, antes de passar a bola para o colega do lado.
“Estamos vazios. O fim de agosto e setembro foram muito bons este ano, melhores do que no ano passado. As pessoas acharam que o coronavírus tinha acabado e que tínhamos as coisas sob controlo, mas agora a praça está vazia. Este ano não há mercado de Natal, não há turistas, há nada”, lamenta Mattias Janson, 27 anos, funcionário do Chokladkoppen há três. “Costumávamos ser dois empregados durante a semana e cinco ao fim de semana; agora estou sozinho e ao fim de semana somos três, mas um vai mais cedo para casa”, conta.
Basta dar uma volta pelas ruas da zona histórica de Gamla Stan para perceber que o panorama é idêntico, com uma série de hotéis, lojas e restaurantes fechados e outros a funcionar em horário reduzido — ou só durante a tarde ou apenas aos fins de semana.
Do outro lado da ponte sobre o rio Söderström, na zona de Slussen, Slavi Damianov, funcionário da G26, uma loja de roupa cuja montra está coberta de recortes de jornal e fotografias, com textos ininteligíveis para os não falantes de sueco — “corona-parasitas” é a única coisa que dá para perceber —, está ao balcão a beber um chá e a conversar com um vizinho, que andava a passear o cão e entrou para cumprimentar. Clientes, zero.
“O negócio não está bom. Não há turistas, não há pessoas a entrar na loja, devem ter medo do corona… Desde a primavera, perdemos cerca de 75% ou 80% dos clientes”, queixa-se. “Tivemos alguma ajuda do governo, para pagar os salários dos funcionários, mas não é suficiente. Há oito meses que nos dão essa ajuda, agora somos dois funcionários e meio, antes éramos quatro”, continua a descrever o búlgaro, de 60 anos e há quatro décadas na Suécia, para a seguir explicar finalmente por que estão todos aqueles recortes de jornais e fotografias colados na vitrine, em modo protesto. O governo também tem um programa para subsidiar o pagamento das rendas das empresas, mas o edifício da G26, por algum motivo, não foi elegível para esse apoio — “As fotografias são dos proprietários do prédio. Todas as lojas aqui à volta receberam ajuda para pagar a renda, mas a nossa não. Não querem dar-nos essa ajuda, talvez queiram que a nossa loja feche, para poderem vir para cá outras pessoas, abrir outra loja e pagar uma renda maior!”.
Confinamento voluntário provocou perdas entre 80% e 90% no setor da hotelaria
Na realidade, tal como nunca disse que o seu objetivo primordial era alcançar a imunidade de grupo, o governo de Stefan Löfven também nunca assumiu publicamente que, com a estratégia eleita para combater a pandemia, estava a escolher salvar a economia, em vez de as vidas dos suecos. “Se perguntar diretamente à Agência de Saúde Pública, eles vão negar que tenham tomado estas decisões tendo em conta considerações económicas, mas, por outro lado, referiram-se por várias vezes à estratégia que escolheram como um sucesso porque não prejudicou tanto a economia como outros países”, diz ao ao Observador o economista Lars Calmfors, professor no Instituto de Estudos Económicos Internacionais da Universidade de Estocolmo.
Apesar de o comércio nunca ter recebido ordem do governo para fechar, o confinamento voluntário a que se votaram muitos suecos, aliado à pausa forçada e prolongada no turismo, fez com que, na primavera, os números do setor da hotelaria caíssem entre 80% e 90%, com muitas empresas a optar pelo layoff temporário e outras pela redução da carga de trabalho dos funcionários. “Literalmente, não ganharam nada”, disse ao New York Times Jacob F. Kirkegaard, investigador do Peterson Institute for International Economics, em Washington, referindo-se ao número de mortos na Suécia, que já ultrapassou entretanto os sete milhares (com uma população idêntica à de Portugal). “É uma ferida auto-infligida, e não tiveram ganhos económicos.”
Na verdade, não será exatamente assim. Como o setor do turismo, com peso considerável em Estocolmo, não é de todo parte essencial da economia sueca, explica Lars Calmfors, no geral a prestação económica do país nesta pandemia está longe de ser negativa. Só não é tão positiva como seria de prever.
“A manufatura sempre foi muito importante, o setor dos serviços tem vindo a crescer e temos estado na vanguarda no que respeita à digitalização — esta é provavelmente outra das razões que explica o facto de a economia sueca não ter sido atingida com tanta força: as competências digitais, bem como as infraestruturas digitais, são bastante elevadas, o que fez com que fosse mais fácil para muitas pessoas trabalharem a partir de casa”, começa por explicar o economista, que tem sido crítico da estratégia sueca de combate à pandemia e defensor de um confinamento formal, com o encerramento de “restaurantes, cafés e ginásios”.
“É isso que recomendo, sem dúvida: impor restrições mais severas durante um curto período de tempo para diminuir o contágio do vírus, em vez de ter restrições leves durante muito tempo. Penso que a economia pode suportar este tipo de encerramento, as previsões que foram feitas no início da pandemia apontavam para uma quebra de 3,5% no PIB; eu diria que com medidas mais restritivas podíamos chegar aos 5% ou 6% — conseguimos viver bem com isso”, assume o economista, chamando a atenção para outra face do problema, que, pelo menos em Estocolmo, já é bem palpável.
“Os efeitos de um confinamento são imediatos, mas as pessoas esquecem-se de que o efeito de ajustamentos espontâneos de comportamento também afeta a economia. Mesmo que não tenha sido imposto um confinamento, as pessoas alteraram os seus hábitos. Se fizermos um confinamento total, baixamos a taxa de transmissão do vírus, o que vai fazer com que as pessoas se atrevam a consumir mais, e aí também vamos ter um retorno”, explica o professor. “O FMI olhou para as perdas médias das economias desenvolvidas e concluiu que mais de 50% das quedas no PIB se deveram a ajustamentos individuais de comportamento, o que significa que os confinamentos formais foram responsáveis por menos de metade das quebras.”
Ganhos no PIB menos excesso de mortalidade é igual a “um prejuízo económico enorme”
Esta teoria pode ajudar a explicar por que motivos a Suécia, que nunca confinou formalmente, se saiu melhor do que a média dos países da União Europeia, mas nem por isso teve resultados melhores do que a maioria dos seus vizinhos escandinavos, que optaram pelos lockdowns, acrescenta Lars Calmfors. “Se olharmos apenas para os números do PIB na primeira metade do ano, saímo-nos um pouco melhor do que a Dinamarca, que confinou mais, mas a queda do PIB na Noruega e na Finlândia foi menor do que na Suécia”, assinala o especialista, reconhecendo, ainda assim, as limitações da medida.
“É difícil tirar conclusões a partir apenas deste indicador, porque os países podem estar em fases diferentes dos seus ciclos económicos, os seus programas de apoio fiscal podem ser diferentes, as estruturas económicas são diferentes… Na minha opinião, saímo-nos um pouco melhor do que teríamos saído se tivéssemos aplicado as mesmas medidas restritivas que os outros países nórdicos. Talvez tenhamos ganho 1% do PIB ao longo do ano ao sermos menos restritivos, mas isso não significa necessariamente que tenha sido a coisa correta a fazer, porque os custos em vidas perdidas foram muito altos”, explica o professor e membro da Academia Real de Ciências da Suécia, através de vídeo-chamada, alertando para a elevada taxa de mortalidade associada à Covid-19 no país.
Aos 72 anos, resolveu seguir à risca as recomendações do governo para os cidadãos acima dos 70 e está, desde março, confinado em casa, em Estocolmo. “Tenho sido muito cuidadoso, todas as palestras que faço são online — o que é um pouco aborrecido—, e não saio para ir a restaurantes nem para fazer compras, mas faço exercício físico na rua”, detalha.
Depois, explica o raciocínio por trás do polémico artigo de opinião que escreveu no final de outubro para o Washington Post, onde tenta demover outros países de seguirem o exemplo sueco e contabiliza a “troca entre vidas perdidas e desempenho económico”, que resulta da estratégia de combate à pandemia adotada pelo país.
“Já tivemos mais de seis mil mortes na Suécia. Em conjunto, os outros três grandes países nórdicos tiveram cerca de 1.500 mortes, mas, como cada um deles tem cerca de metade do tamanho da Suécia, temos de dividir 1.500 mortes por 1,5 e a conclusão a que chegamos é que, se tivéssemos seguido a estratégia deles, tínhamos mil mortes, em vez de 6 mil. Significa que, graças à nossa estratégia, tivemos um excesso de mortalidade de 5 mil pessoas”, começa por explicar o economista. O cenário agrava-se, nessa perspetiva, nas contas atuais. Esta terça-feira, a Suécia já tinha ultrapassado os 7.500 mortos por causa da Covid-19.
Lars Calmfors olha ainda para o crescimento de 1% do PIB sueco durante a pandemia. “Se contarmos em coroas suecas, 1% do PIB são 50 mil milhões — foi quanto ganhámos com a nossa estratégia. Quando fazemos investimentos em segurança rodoviária, temos de ter uma estimativa de quanto vale uma vida, valor que as autoridades rodoviárias suecas fixaram em 40 milhões de coroas. Se aplicarmos este valor a cada uma das mortes que tivemos em excesso, chegamos a um total de 200 mil milhões de coroas em perdas de vida. Portanto, são 50 mil milhões [de crescimento do PIB] menos 200 mil milhões [de perdas humanas], é um prejuízo económico enorme”, conclui, não sem antes prever a possibilidade de, “tendo em conta que cerca de 90% das mortes aconteceram em pessoas com mais de 70 anos”, baixar o valor de referência em 10 milhões de coroas, “para alcançar um ponto de equilíbrio”.
“No final, caberá sempre a cada um avaliar que valor devemos escolher. Eu não escolheria um valor mais reduzido, até porque também devemos ter em conta que não é apenas uma questão de vidas perdidas, muitas das pessoas que sobreviveram à doença vão ter efeitos posteriores muito prolongados; e talvez o maior custo até seja o dos outros tratamentos médicos que deixaram de ser prestados durante um longo período de tempo e que, no longo prazo, se poderão certamente converter em ainda mais mortes”, justifica o economista.
Outro indicador que, defende, prova que a estratégia adotada pelas autoridades suecas não teve resultados económicos assim tão positivos é o da taxa de desemprego, que voltou a valores de 1998 e, em outubro, estacionou nos 8,6% — no mesmo mês, a taxa de desemprego da zona euro fixou-se nos 8,4% e a da União Europeia nos 7,6%.
“Prevê-se que chegue aos 10% no início do próximo ano e, como se não bastasse, esta taxa subestima a quantidade de capacidades por utilizar, já que há quase 200 mil pessoas a trabalhar a tempo parcial, pessoas que perderam entre 40 a 50% do seu horário de trabalho. E agora que as taxas de contágio estão a aumentar, o emprego deverá ser atingido com mais força”, prevê o especialista, para a seguir elogiar o pacote de medidas governamentais de apoio às empresas e aos trabalhadores. “Uma área em que o governo fez a coisa certa foi na dos programas de apoio fiscal. Foram um pouco lentos a começar, mas, no final, acho que puseram em marcha programas bastante efetivos para ajudar a assegurar os rendimentos de famílias e empresas.”
Governo ajuda a pagar salários, rendas e almoços dos estudantes sem aulas
Logo em março, o governo sueco anunciou um pacote de mais de 300 mil milhões de coroas suecas (29,19 mil milhões de euros) para apoiar a economia. Para além de ter disponibilizado mais dinheiro para ajudar as 21 regiões a tomar medidas de combate à pandemia e de ter assegurado a 100%, a partir do primeiro dia e até dois meses no máximo, os custos das empresas com as baixas médicas (em situação normal, o Estado só paga os subsídios de doença a partir do 14ª dia de falta ao trabalho e durante um período máximo de duas semanas; até aí, e sem contar com o primeiro dia, que não é remunerado, esses pagamentos ficam a cargo do empregador), e os pagamentos à segurança social e do IVA foram adiados durante um ano.
Depois, ao longo de 2020, para mitigar os efeitos da pandemia na economia e para além dos orçamentos retificativos da primavera e do outono, o executivo de Stefan Löfven apresentou mais doze propostas de orçamentos retificativos ao Riksdag, o parlamento sueco. O regime de trabalho a tempo parcial, por exemplo, que reduz as horas de trabalho em 20%, 40% ou 60% — com o governo a assegurar 75% da remuneração, ficando os restantes 25% a cargo dos empregadores e empregados —, foi recentemente estendido até 30 de junho de 2021.
As prestações mensais das empresas em dificuldades passaram, em parte, a ser custeadas pelo Estado, com um programa de incentivos aos senhorios que aceitem reduzir as rendas, e as regras para os subsídios de desemprego também foram alteradas. Se, anteriormente, para terem direito a uma prestação mensal de até 80% do último salário, os trabalhadores tinham de ter descontado durante um ano e de ter trabalhado pelo menos 80 horas por mês ao longo de um período mínimo de 6 meses (se não tivessem, recebiam apenas uma prestação básica, de 35,60 euros/dia), com a pandemia esses tetos baixaram para os 3 meses de descontos, com 60 horas mensais de trabalho. Para além disso, os valores máximos diários nos primeiros 100 dias também cresceram, dos 88,70 euros por dia para os 117 euros, nos casos normais; e para os 49,70 euros diários nos casos das prestações mínimas.
Quando as escolas secundárias foram fechadas, recordou ao Observador Lisa Caiado Thorfinn, especialista em emergência médica no Hospital Universitário de Linköping, foram distribuídas senhas aos alunos, para que pudessem levantar nos restaurantes da zona o almoço, que é gratuito nas cantinas. “Assim ajudaram as famílias e a economia. Aqui o Estado paga tudo e é igual para todos, todos os alunos têm direito ao almoço gratuito nas escolas, tenham os pais muito ou pouco dinheiro”, contextualizou a médica portuguesa.
Em novembro, o Ministério das Finanças revelou que a avaliação das medidas com efeito no orçamento de 2020 era de pouco mais de 19,5 mil milhões de euros; com o aumento das garantias a custar uns adicionais 24,4 mil milhões e os reforços de liquidez a ascender aos 32,6 mil milhões de euros.
“Até ao fim de outubro, foi um dos melhores anos para nós e para tudo o que seja restauração”
Gabriel Ribeiro, 61 anos, é um dos milhares de empresários a tirar proveito das ajudas disponibilizadas pelo governo sueco — sem elas, admite, talvez já tivesse fechado a porta do Alfama, o único restaurante português no país, onde serve pastéis de bacalhau, polvo à lagareiro, pastéis de nata e toucinho do céu em Linköping, a duas horas de Estocolmo, há três anos e meio.
Na primavera, quando os turistas desapareceram e os suecos se fecharam em casa a trabalhar, perdeu quase 80% da faturação. Agora que os casos de infeção por Covid-19 estão a aumentar no país, tal como as medidas de restrição, teme que a situação se torne ainda mais dramática.
“Agora nesta segunda vaga está-se a notar ainda mais, acho que as pessoas estão mais apreensivas, está pior, só que é a Suécia e o Estado é aquilo que é. Da primeira vez tivemos bastantes ajudas, como o pagamento de metade da renda durante três meses, por exemplo, mas esse dinheiro não foi dado, vai ter de ser pago a partir de janeiro, em princípio. A fundo perdido, o que tivemos foi o pagamento do IVA e o dinheiro para pagar aos empregados — onde eu também me incluo, sou um dos três funcionários da empresa. Os empregados fazem menos 40% de horas, mas só baixam o ordenado em 6% — eu cubro 4% e o Estado os outros 30%; perdem mil e tal coroas por mês, 150 ou 200 euros, e continuam a ter o emprego normal”, conta o português, nascido numa aldeia em Carrazeda de Ansiães, criado em Cascais e a viver na Suécia há já 25 anos.
Desde a primavera, para tentar colmatar a falta de clientes, o Alfama tem serviço take-away, com 20% de desconto, e entrega ao domicílio através da plataforma Wolt, o equivalente finlandês ao Uber Eats. Só abre para jantares: de segunda a quinta às 17h e às sextas e sábados às 16h. Garante que não foi muito afetado pela lei que obriga todos os restaurantes e bares a parar de servir bebidas alcoólicas às 22h e a fechar portas meia hora depois — mas não pelos melhores motivos.
“Isto é uma cidade do campo, a essa hora, durante a semana e ainda para mais agora, não se vê quase ninguém na rua. Isto está muito mau, praticamente só aos fins de semana é que se trabalha, no resto dos dias estamos aqui para dar aos clientes uma opção de escolha, para poderem escolher o dia em que querem vir aqui”, explica o empresário, que no Alfama só serve vinho português e diz que o bife à portuguesa com ovo a cavalo é o prato mais pedido pelos clientes suecos. “Os suecos são muito simples, querem carne, batatas e molho”, descreve Gabriel Ribeiro, bem mais contido do que o seu chef de cozinha, o almadense Sérgio Gonçalves, no que à opinião sobre os gostos e as tradições gastronómicas do país diz respeito.
Agora que os números estão a escalar novamente, o empresário, casado com uma sueca e pai de dois rapazes, de 23 e 28 anos, um nascido na Suécia, outro em Portugal, já está a usufruir de algumas das novas medidas entretanto apresentadas pelo governo.
Todas as despesas mensais fixas que tem com o restaurante, explica, ficam agora a cargo do Estado. “É o governo que paga a ajuda da renda, a eletricidade, os alugueres de máquinas… Tudo o que sejam mensalidades, eles pagam. Ajuda muito, é o equivalente, mais ou menos, ao meu salário. Tudo o que sejam ajudas que não sejam para pagar mais tarde é bom”, avalia o português, que já só está à espera que seja publicado o respetivo decreto para pedir o regresso à redução do horário de trabalho dos funcionários.
Enquanto esse apoio não chega, mantém-se otimista e confiante de que a estratégia sueca do não confinamento é a mais acertada: “Acho que a Suécia agiu bem, o futuro o dirá. A economia está viva e está-se a fazer dinheiro. Claro que não é aquele dinheiro que se estava a fazer, mas acho bem”.
O facto de o verão que passou ter sido um dos melhores de sempre ajudará a manter as expetativas em alta: “Até ao fim de outubro, foi um dos melhores anos para nós e para tudo o que seja restauração; todo este verão foi muito bom para a economia sueca. Como as pessoas não puderam viajar para o estrangeiro, passaram as férias na Suécia”.