“A pandemia veio acelerar uma corrida para a cloud, que já estava a acontecer,” começou por contar Joana Pinto Santos, Azure Business Group Lead na Microsoft, durante a conversa com Rui Violante, Business Development Manager na Axians e João Miguel Santos, da Rádio Observador, sobre as linhas essenciais que estão a moldar esta revolução digital.
De facto, de um dia para o outro, muitos milhares de trabalhadores e estudantes ficaram em casa com a necessidade de aceder a aplicações e serviços. Isso mostrou que num contexto de trabalho remoto a infraestrutura tradicional não é suficiente. “Promovemos as competências, mas também temos as ferramentas tecnológicas que permitem às empresas garantir uma transição bem-sucedida,” garantiu Joana Santos. Além de workshops onde os clientes experimentam a tecnologia em ambiente controlado, a Microsoft oferece um portefólio de programas de formação, como os Azure Virtual Training Days. Estes eventos de formação online permitem obter as certificações de forma gratuita.
Rui Violante lembrou o exemplo das sobrecargas em diversas plataformas de comércio eletrónico que “não tinham capacidade de resposta nos servidores para suportar uma procura esmagadora de serviços, como aconteceu logo no início da pandemia.” A cloud vem garantir a agilidade e a flexibilidade para crescer rapidamente e a qualquer momento, em alguns segundos. Quando é identificado um pico de utilização, pode haver rotinas configuradas para aumentar a capacidade imediatamente, garantindo que os utilizadores continuam a ter a mesma performance.
Garantir tecnologia de ponta
Existem oito centros de investigação dedicados à pesquisa e desenvolvimento de soluções que são agregadas aos produtos Microsoft, nomeadamente à plataforma Azure, de modo constante e regular. Em termos de segurança, por exemplo, a gigante americana está a quadruplicar o investimento para um valor na ordem dos quatro mil milhões de dólares
No âmbito de uma abordagem Zero Trust, “o Azure é muito diferenciador, porque tem o Defender para proteger os terminais de acesso contra ameaças ativas e o Sentinel que está continuamente à procura de falhas de segurança, de forma proactiva antecipando problemas e vulnerabilidades”, explicou a especialista da Microsoft. Com Azure consegue garantir a agilidade e a escalabilidade numa plataforma única em que os recursos são ajustados à procura e a empresa-cliente paga apenas pelos serviços que usa.
As empresas podem seguir uma lógica de cloud híbrida e multicloud, enquanto continuam a gerir o património on premises. Na Axians, a hibridização é vista como a tendência em crescimento porque permite iniciar o caminho para a cloud publica de modo gradual. “Pode ter uma réplica dos seus dados num outro tipo de ambiente para garantir disponibilidade em caso de falha no data centre”, explicou Rui Violante. Há empresas que exigem manter determinados serviços numa infraestrutura local. Mas isso não é um obstáculo porque a viagem para a cloud não exige a migração de todos os serviços, nem tem de ser feita de uma só vez.
Um percurso transformador
Joana Santos antevê “um futuro híbrido e multicloud com capacidade de edge computing” ou seja, captar e computar dados muito próximo da fonte onde estão a ser gerados para permitir uma reação rápida. Um dos exemplos é a condução autónoma que exige resposta imediata, em frações de segundo, para evitar acidentes.
Rui Violante introduziu ainda o tema da Cloud Adoption Framework, que garante um processo de adoção sem falhas, seamless, “num ato contínuo que exige acompanhamento ao longo do tempo, especialmente no nosso mercado de PME’s em que muitas não tem recursos para fazer uma transição imediata.”
Com o apoio de parceiros como a Axians, todo o processo de gestão dos serviços é facilitado, evitando retrocessos que por vezes acontecem quando as empresas não têm o apoio necessário”, concluiu o gestor, sublinhando que “a jornada para a cloud implica uma mudança de mindset.”
Ao longo dos próximos três anos, mais de metade do investimento em tecnologias de informação vai ser aplicado em inovação e transformação digital. As previsões dos analistas apontam para um crescimento do mercado de IT na ordem de 5% ao ano, entre 2021 e 2025. No mesmo período, 60% das empresas devem adotar serviços na cloud.
A redução do time to market, a adaptabilidade em função das necessidades de cada negócio e o facto de apenas pagar os serviços à medida que os utiliza resumem, em três ideias-chave, os principais take-aways da conversa entre o gestor de negócio da Axians e a líder em Azure, da Microsoft.
Este foi o segundo episódio da iniciativa Uma (R)evolução Digital – Um guia para PME’s, desenvolvida em parceria com a Microsoft, para explorar quatro grandes temáticas: Segurança, Cloud, Colaboração e Plataformas e PowerDynamics. Em cada episódio, o Observador estreia uma talk de um convidado para falar sobre cada tema e um debate com especialistas para analisar as diferentes questões a partir das suas experiências.
O próximo tema em análise será a Colaboração, na conversa marcada para dia 10 de Maio, às 17h00, nas plataformas do Observador.
Se tem uma PME, encontre tudo o que precisa de saber em Uma (R)Evolução digital
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