Jan Kózak tinha levado a equipa à fase final do Europeu de 2016, falhou o apuramento para o Mundial de 2018 e saiu. Seguiu-se Pavel Hapal, com a missão de garantir nova qualificação para o Europeu de 2020. Começou bem, acabou mal, chegou ao playoff mas a equipa não ganhava nem um jogo e começara a fase de grupos da Liga das Nações com duas derrotas. A Federação de Futebol da Eslováquia tinha dois caminhos: ou mantinha a aposta em Hapal até ao fim ou tentava mexer com a equipa para chegar ainda a novo Campeonato da Europa. Optou pela segunda opção, as coisas não poderiam ter corrido melhor e a qualificação foi mesmo conseguida.
Stefan Tarkovic, técnico que assumiu o comando da seleção poucas semanas antes das grandes decisões, colocou um chip resultadista numa equipa da Eslováquia habituada a tentar jogar em posse e aproveitar as mais valias do meio-campo para a frente para construir um futebol de qualidade. A irregularidade mantém-se, com os Falcões a serem capazes dos melhores resultados contra os adversários mais difíceis e as piores exibições com os conjuntos mais acessíveis, mas essa aposta permitiu o apuramento para aquele que será o último Europeu de Marek Hamsik, o capitão da crista que já não joga como nos tempos em que era um Deus em Nápoles mas que conta com outras figuras capazes de liderarem a seleção como o central Skriniar ou o extremo Mak.
BI
- Ranking FIFA atual: 36.º
- Melhor ranking FIFA: 14.º (agosto de 2015)
- Alcunha: Sokoli (Os Falcões)
- Presenças em fases finais: 2.ª
- Última participação: oitavos em 2016 (Alemanha, 0-3)
- Melhor resultado: oitavos em 2016 (Alemanha, 0-3)
- Qualificação: 3.º lugar no grupo F com Croácia, País de Gales, Hungria e Azerbaijão (13 pontos em 8 jogos, com um total de 4 vitórias, 1 empates, 3 derrota e 13-11 em golos); vitórias no playoff com Rep. Irlanda (0-0, 4-2 g.p.) e Irlanda do Norte (2-1, a.p.)
Jogos em 2021
- Chipre, 0-0 (E, fora, qualificação Mundial)
- Malta, 2-2 (E, casa, qualificação Mundial)
- Rússia, 2-1 (V, casa, qualificação Mundial)
- Bulgária, 1-1 (E, casa, jogo particular)
- Áustria, 0-0 (E, fora, jogo particular)
O onze
- 4x3x3: Dúbravka; Pekarik, Skriniar, Satka, Hubocan; Lobotka, Hamsik, Kucka; Haraslín, Mak e Duris
O treinador
- Stefan Tarkovic (eslovaco, 48 anos, desde 2020)
O craque
- Marek Hamsik (33 anos, médio ofensivo do IFK Gotemburgo)
A revelação
- Tomás Suslov (19 anos, médio ofensivo do Groningen)
O mais internacional e o maior goleador
- Marek Hamsik (126 internacionalizações e 26 golos)
Os 26 convocados
- Guarda-redes (3): Martin Dúbravka (Newcastle), Dusan Kuciak (Lechia Gdansk) e Marek Rodák (Fulham)
- Defesas (8): Dávid Hancko (Sparta Praga), Tomás Hubocan (Omonoia), Martin Koscelník (Liberec), Peter Pekarík (Hertha Berlin), Lubomír Satka (Lech Poznan), Milan Skriniar (Inter), Martin Valjent (Maiorca) e Denis Vavro (Huesca)
- Médios (11): László Bénes (Augsburg), Ondrej Duda (Colónia), Ján Gregus (Minnesota), Marek Hamsik (IFK Gotemburgo), Lukás Haraslín (Sassuolo), Jakub Hromada (Slavia Praga), Patrik Hrosovsky (Genk), Juraj Kucka (Parma), Stanislav Lobotka (Nápoles), Tomás Suslov (Groningen) e Vladimír Weiss (Slovan Bratislava)
- Avançados (4): Róbert Bozeník (Feyenoord), Michal Duris (Omonoia), Róbert Mak (Ferencváros) e Ivan Schranz (Jablonec)
O local do estágio
- São Petersburgo (Rússia)
A ligação a Portugal
- Agora não existe, no passado existiu e por um nome: Marek Cech. O antigo extremo que se tornou depois lateral representou o FC Porto entre 2005 e 2008, tendo ganho três Campeonatos, uma Taça de Portugal e uma Taça da Liga, já depois de ter sido também campeão na Eslováquia (Inter Bratislava) e na Rep. Checa (Sparta Praga). O internacional mudou-se depois para Inglaterra, jogou ainda na Turquia e em Itália, e passou mais tarde pelo Boavista, numa altura em que a mulher estava grávida e que o casal mantinha ainda casa no norte do país. Acabou a carreira em 2016, tendo mais de 50 internacionalizações.