Depois de Artur Jorge em 1996 (Suíça) e Fernando Santos em 2012 (Grécia), Portugal volta a ter um treinador na fase final de um Europeu por um conjunto que não a Seleção Nacional. E a chegada de Paulo Sousa foi em tudo uma surpresa: Jerzy Brzeczek, que assumiu o comando em 2018 no lugar de Adam Nawalka após o insucesso no Mundial, começou com quatro vitórias seguidas a qualificação, teve dois resultados aquém que colocaram o lugar em perigo, assegurou mesmo o apuramento mas acabou por sair. Em janeiro de 2021, após o adiamento da fase final do Campeonato da Europa, a Polónia apostava num novo treinador virada para a fase final.
Paulo Sousa foi o eleito e tem agora, aos 50 anos, o maior desafio na carreira como treinador. Mas que Polónia é esta em 2021, depois da força demonstrada em 2016 onde caiu apenas nas grandes penalidades com Portugal? Uma equipa que conta com o melhor jogador do mundo, o avançado Lewandowski; uma equipa que mantém vários jogadores experientes e continuam a ser a espinha dorsal do conjunto como Zielinski, Krychowiak, Glik ou Szczensny; uma equipa que começa a fazer despontar novos talentos sobretudo nas alas como Kamil Jozwiak ou Frankowski. O português tem vindo a conhecer vários resultados nos jogos disputados até ao momento, entre a qualificação para o Mundial e particulares, mas trabalha a equipa para dar o passo a nível tático que lhe permita ligar com a maturidade dos principais jogadores e ganhar consistência para enfrentar nova fase final.
BI
- Ranking FIFA atual: 21.º
- Melhor ranking FIFA: 5.º (agosto de 2017)
- Alcunha: Orly (As Águias)
- Presenças em fases finais: 4.ª
- Última participação: quartos em 2016 (Portugal, 1-1 e 3-5 g.p.)
- Melhor resultado: quartos em 2016 (Portugal, 1-1 e 3-5 g.p.)
- Qualificação: 1.º lugar no grupo G com Áustria, Macedónia do Norte, Eslovénia, Israel e Letónia (25 pontos em 10 jogos, com um total de 8 vitórias, 1 empate, 1 derrota e 18-5 em golos)
Jogos em 2021
- Hungria, 3-3 (E, fora, qualificação Mundial)
- Andorra, 3-0 (V, casa, qualificação Mundial)
- Inglaterra, 1-2 (D, fora, qualificação Mundial)
- Rússia, 1-1 (E, casa, jogo particular)
- Islândia, 2-2 (E, casa, jogo particular)
O onze
- 4x3x3: Szczesny; Bereszinski, Glik, Bednarek, Rybus; Moder, Krychowiak, Zielinski; Frankowski, Jozwiak e Lewandowski
O treinador
- Paulo Sousa (português, 50 anos, desde janeiro de 2021)
O craque
- Robert Lewandowski (32 anos, avançado do Bayern)
A revelação
- Kamil Jozwiak (23 anos, extremo do Derby County)
O mais internacional e o maior goleador
- Robert Lewandowski (119 internacionalizações e 66 golos)
Os 26 convocados
- Guarda-redes (3): Lukasz Fabianski (West Ham), Lukasz Skorupski (Bolonha) e Szczesny (Juventus)
- Defesas (8): Jan Bednarek (Southampton), Bartosz Bereszynski (Sampdoria), Kamil Glik (Benevento), Michal Helik (Barnsley), Tomasz Kedziora (Dínamo Kiev), Kamil Piatkowski (Raków), Tymoteusz Puchacz (Lech Poznan) e Maciej Rybus (Lokomotiv Moscovo)
- Médios (9): Przemyslaw Frankowski (Chicago Fire), Kamil Jozwiak (Derby County), Mateusz Klich (Leeds), Kacper Kozlowski (Pogon Szczecin), Grzegorz Krychowiak (Lokomotiv Moscovo), Karol Linetty (Torino), Jakub Moder (Brighton), Przemyslaw Placheta (Norwich) e Piotr Zielinski (Nápoles)
- Avançados (5): Dawid Kownacki (Fortuna Düsseldorf), Robert Lewandowski (Bayern), Arkadiusz Milik (Marselha), Karol Swiderski (PAOK) e Jakub Swierczok (Piast Gliwice)
O local do estágio
- Sopot (Polónia)
A ligação a Portugal
- No caso da Polónia, a ligação não poderia ser mais direta: Paulo Sousa. O antigo internacional português, que ganhou duas Ligas dos Campeões por Juventus e B. Dortmund depois de um início de carreira onde se destacou no Benfica e no Sporting antes de chegar a Inter ou Parma, tem o grande desafio como treinador aos 50 anos no seguimento de um percurso que muitas vezes passou ao lado por ser feito em ligas que não do top 5 mas que valeu vários títulos ao antigo médio, campeão na Hungria (Videoton), em Israel (Maccabi Telavive) e na Suíça (Basileia). Seguiram-se passagens pela Serie A (Fiorentina), pela China (Tianjin Quanjian) e pela Ligue 1 (Bordéus), antes de assumir o comando da Polónia em janeiro de 2021.