O diretor geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, está em quarentena depois de ter estado em contacto com uma pessoa que testou positivo para o novo coronavírus, adiantou o próprio da sua conta oficial do Twitter.

I have been identified as a contact of someone who has tested positive for #COVID19. I am well and without symptoms but will self-quarantine over the coming days, in line with @WHO protocols, and work from home.

— Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) November 1, 2020

Só desde julho morreram já 7.100 pessoas infetadas com o novo coronavírus em Espanha, o equivalente a 15 mortos por cada 100 mil habitantes. Os números foram calculados pelo jornal El País, que conclui assim que com estes dados Espanha “situa-se como o terceiro país com piores números na Europa”, no que respeita à proporção de mortos por total de habitantes.

O jornal espanhol aponta ainda que a Bélgica, com 12 mortos por cada 100 mil habitantes, França, com 9, e Portugal, com 8, são os países europeus que mais se aproximam nestes dados, que ilustram o efeito de mortalidade na população dos países de junho para cá.

Apesar de terem um número mais elevado de vítimas mortais do que Portugal em termos absolutos — por terem uma população maior — Alemanha e Itália estão no polo oposto de Portugal, França e sobretudo Bélgica e Espanha: a Covid-19 dizimou menos a população destes países, proporcionalmente.

Os piores países da Europa no que se refere à taxa de mortos por habitantes são Roménia e República Checa.

Em França, uma nova atualização de dados referentes à evolução da pandemia no país evidencia um grande aumento de infeções.

Nas últimas 24 horas houve registo de mais 46.290 casos confirmados de infeção com SARS-CoV-2, o vírus que pode causar a doença Covid-19. No mesmo período morreram 231 pessoas infetadas no país.

Face aos números avançados no dia anterior, este sábado, há um aumento muito elevado: na véspera tinham sido reportados 35.641 casos, menos 10.649 (30%) do que este domingo.

Desde a chegada da pandemia a França, o país contabilizou já mais de um milhão e 400 mil casos confirmados de infeção e morreram já 37.019 pessoas infetadas.

No Reino Unido já é conhecida a atualização diária de números relativos à evolução da pandemia, feita diariamente.

Nas últimas 24 horas, foram reportados mais 23.243 casos confirmados de infeção com o novo coronavírus — um número superior ao registado nas 24 horas anteriores (de 21.915), quando o número de casos confirmados e reportados pelas autoridades de saúde tende a ser tradicionalmente mais baixo neste dia da semana.

Contabilizaram-se ainda mais 162 mortes, um número por sua vez já inferior, e significativamente inferior, ao número de óbitos das 24 horas anteriores (326).

Ao todo, no Reino Unido morreram já infetadas com o novo coronavírus mais de 46 mil pessoas (46.717) desde o início da pandemia da Covid-19. Mais de um milhão de pessoas já tiveram um teste de diagnóstico positivo à infeção: 1.034.914, mais especificamente.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou este sábado que Inglaterra vai voltar ao confinamento durante quatro semanas. Este inicia-se na próxima quinta-feira, termina a 2 de dezembro e aplica-se a Inglaterra, já que os restantes Estados do Reino Unido têm políticas próprias no combate à pandemia: no País de Gales, por exemplo, prevê-se o fim de um confinamento já decretado para 9 de novembro, ao passo que a Irlanda do Norte prevê que as restrições terminem a 13 de novembro.

Entre outras medidas adotadas em Inglaterra, todas as lojas de serviços considerados não essenciais vão fechar portas e restaurantes e bares só poderão funcionar com entregas em take away, como aconteceu no primeiro confinamento.

Inglaterra anuncia novo confinamento por quatro semanas

Protestos anti medidas de restrição em Espanha fizeram o primeiro-ministro Pedro Sánchez vir pedir o fim do “comportamento violento e irracional de grupos minoritários” nas ruas. “É intolerável”, escreveu.

Solo desde la responsabilidad, la unidad y el sacrificio lograremos vencer a la pandemia que asola a todos los países. La conducta violenta e irracional de grupos minoritarios es intolerable. No es el camino.

Gracias, una vez más, a las FCS por garantizar la seguridad.

— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) October 31, 2020

Num post no Twitter, o presidente do Governo espanhol pediu “união e sacrifício” aos espanhóis, depois de ter endurecido as medidas de contenção da pandemia no país, tendo o recolhimento obrigatório entre a meia noite e as seis ada manhã sido a mais contestada.

Os protestos deste fim de semana resultaram na detenção de 32 pessoas e 12 feridos só em Madrid.

Covid-19. Polícia espanhola dispersa manifestantes contra restrições em várias cidades