Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Obrigada por ter acompanhado aqui a cobertura da Conferência Nacional do PCP que oficializou Paulo Raimundo como secretário-geral dos comunistas.

    Este liveblog fica por aqui, até breve!

  • A resposta a quem "saliva" pelo fim do PCP, os ataques ao PS e os alertas para dentro. O primeiro discurso de Paulo Raimundo nas entrelinhas

    Abraçou Jerónimo, agradeceu “força” dos camaradas e reconheceu problemas internos. No primeiro discurso como líder, Paulo Raimundo apelou aos militantes do PCP para que façam “mais um esforço”.

    A resposta a quem “saliva” pelo fim do PCP, os ataques ao PS e os alertas para dentro. O primeiro discurso de Paulo Raimundo nas entrelinhas

  • Os vencedores e vencidos da conferência que consagrou o novo líder do PCP

    Paulo Raimundo não comprometeu, Jerónimo deixou saudades, Putin teve quem o defendesse e Marx mantém-se vivo em Corroios. Já Costa continuará sem aliados comunistas e os renovadores foram ignorados.

    Os vencedores e vencidos da conferência que consagrou o novo líder do PCP

  • Do "esperem sentados" ao "até já" a Jerónimo. O primeiro discurso de Paulo Raimundo como líder comunista

    Nas primeiras palavras como novo secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo rejeita o fim do partido e deixa promessas de crescimento. Aponta baterias ao Governo e não esquece Jerónimo de Sousa.

    Ouça aqui os principais destaques do discurso de Paulo Raimundo.

    Do “esperem sentados” ao “até já” a Jerónimo. O primeiro discurso de Paulo Raimundo como líder comunista

  • Fim dos trabalhos em Corroios. Delegados já desmontam as mesas

    Abraçados, os militantes e dirigentes do PCP cantaram, como é hábito, as músicas mais simbólicas para o PCP: Avante, camarada, a Internacional e, no final, o hino de Portugal. Jerónimo voltou a puxar Raimundo para um abraço e foi cumprimentando os dirigentes por quem passava ao abandonar o seu lugar na mesa da conferência.

    Os trabalhos ficam, assim, por terminados. Os delegados estão agora a ajudar a arrumar cadeiras e desmontar mesas.

  • Mais dois abraços e punhos erguidos juntos. Jerónimo passa a pasta a Raimundo

    Para animar o partido, diz que para manter o sonho do projeto comunista conta com “tanta gente dos mais diversos setores e áreas”, com dois mil novos militantes desde o início de 2021, com a “vitalidade e alegria” da JCP.

    “Este é um partido que conta e muito. Conta na vida de todos os dias, conta na luta de todos os dias, conta, e cada vez é mais necessário, aos trabalhadores, ao povo e ao país”. “Avançar é possível”, remata. Jerónimo e Raimundo trocam mais dois abraços e erguem os punhos juntos, de mãos dadas.

  • Raimundo aconselha quem "saliva e desespera" pelo fim do PCP: "Esperem sentados". Comunismo é "o mais belo projeto da humanidade"

    Raimundo provoca risos e um grande aplauso na audiência ao dirigir-se a quem “saliva e desespera” pelo fim do PCP.

    “Fica daqui um conselho: esperem sentados”. É interrompido pela ovação dos delegados. Explica depois que é por causa da ligação do partido aos trabalhadores e às populações que “a única coisa a que o PCP está condenado é a crescer e alargar a sua influência”.

    Ao coletivo partidário pede “em todas as frentes de luta” que “todos e cada um dê mais um pouco, faça mais um esforço”. À sociedade pede que não se “perca a esperança”, sem baixar os braços, sem “resginar e conformar”. O capitalismo, diz, “apenas tem para oferecer a guerra, a miséria, a corrupção e a degradação ambiental”. E apesar de ter “muita força”, não é “bastante para travar o mais belo projeto que a humanidade conhece”.

  • Raimundo agradece a Jerónimo pelo "empenho": "Não é um adeus, é um até já, camarada"

    Raimundo admite agora que há “inquietação e receio sobre o presente e o futuro”, o que é “compreensível”, mas é preciso “esclarecer, abrir caminhos, dar esperança” e mobilizar o povo.

    Lembrando sempre que no PCP “todos se constituem num só” e que o coletivo partidário é resultado do empenho de todos, dirige-se brevemente ao antecessor: “Porque não esquecemos o papel de cada um no coletivo partidário, em nome do comité central, em nome da conferência nacional e certamente em nome de todo o partido, gostaria de dirigir uma palavra ao camarada Jerónimo de Sousa”.

    “Obrigado pelo teu empenho, obrigado pelo contributo, obrigado pelo teu papel. A alteração das tuas responsabilidades não significa um adeus, é um até já, camarada”. A sala levanta-se para aplaudir Jerónimo.

  • Opção do Governo "é a opção de fundo do PSD, CDS, Chega e Iniciativa Liberal"

    Prossegue o novo secretário-geral, reafirmando a necessidade de uma “política alternativa, patriótica e de esquerda” que, considera, “confronta a política de direita e as forças e projetos reacionários”.

    O nosso papel é animar, mobilizar e dar confiança a essas forças e dar mais força a esta opção, a esta alternativa”, assume o líder comunista que diz ter “mais três mil milhões de razões”: “uma por cada euro de lucro de 13 grandes grupos económicos nos primeiros nove meses deste ano.”

    “Que crise é esta que vivemos que permite a um punhado lucrar enquanto a fatura sobra sempre para os mesmos”, questiona considerando que não “é crise, é injustiça.”

    E continua nas questões: “Podemos aceitar que para muitos sobrem os sacrifícios e para poucos os lucros?”.

    Não, não podemos aceitar a injustiça nem aceitar que o Governo, perante esta situação, debite palavras magicas: défice, contenção salarial, concertação social, acordos com os mesmos de sempre, espiral inflacionista, e a cereja no cimo do bolo: contas certas”, crítica Paulo Raimundo que diz que a opção do Governo “é a opção de fundo do PSD, CDS, Chega e Iniciativa Liberal.”

  • Paulo Raimundo assume a liderança com objetivos de "avançar na propaganda" e na "garantia da capacidade e insuficiência do partido"

    “Não escondemos as nossas próprias insuficiências. Identificamos os problemas, procedemos à crítica e autocrítica”, diz o novo secretário-geral que carrega já uma pasta que traz debilidades: “traçamos linhas para o reforço do partido”. E, por reforço do PCP, Paulo Raimundo quer, “avançar na propaganda e imprensa partidária e garantir o reforço da capacidade e independência financeira”.

    E com a erosão nos resultados eleitorais, o PCP assume “que o que vai determinar no presente e futuro” é a capacidade de “recrutar e de estar ainda mais enraizado nas massas”.

    Paulo Raimundo quer “audácia, criatividade e persistência” e rejeita que o PCP tenha ficado “pela espuma dos dias”.

    , mas o que sobressai de todo este processo é a confiança e a determinação para superar dificuldades e aproveitar todas as potencialidades que se abrem para resistir e avançar.

  • Raimundo: reforço de sindicatos e movimentos de massas é "tarefa dos comunistas, em unidade com trabalhadores das mais diversas origens"

    Acusa ainda os outros partidos de “cozinharem novos assaltos à democracia”, com “alterações às leis eleitorais e laborais ou golpes à Constituição”, prometendo que o PCP defenderá o texto fundamental e se oporá a políticas de direita, “à ofensiva reacionária, ao pensamento único, ao racismo e xenofobia e ao ódio fascizante”.

    Na conferência, garante, “brotou ânimo e força para continuar a desenvolver e intensificar e dar ânimo à luta pelos direitos, contra a especulação e o aumento do custo de vida”, numa discussão sobre quem está “na frente da luta” , sobre apoiar organizações e movimentos de massas, com destaque para a CGTP: “O seu reforço é tarefa dos comunistas, agindo em unidade com trabalhadores das mais diversas opções e origens. Não estamos, nem queremos estar sós na construção de uma vida melhor”.

  • Raimundo sobre guerra na Ucrânia: "Temos autoridade de quem sempre se opôs à guerra e alertou que fogo não se apaga com gasolina"

    Paulo Raimundo lembra que a conferência estabeleceu prioridades pelas quais o PCP promete “tomar iniciativa”, seja pela “dignidade de quem trabalho”, seja por lutar pelo aumento dos salários, fim da precariedade, ou medidas para a juventude.

    “Na conferência não há manobras para cortar reformas e pensões”, atira. Continua a elencar prioridades do PCP, como defender a valorização das pensões, o SNS , os profissionais da Cultura ou o clima.

    Depois, a Ucrânia: “Aqui não discutimos como apoiar ou aceitar os caminhos da guerra, do reforço armamentista, das sanções, da destruição e da morte, não instigamos uma escalada de resultados imprevisíveis. Aqui com a autoridade de quem sempre se opôs à guerra e alertou que o fogo não se apaga com gasolina, tomamos a iniciativa pela paz”.

    E apela a quem quer “um mundo de cooperação e paz” que se junte ao PCP “na exigência do fim da guerra, por uma solução política para o conflito na Ucrânia, pelo fim da instigação do confronto por parte dos EUA, NATO e UE”, com a abertura de negociações “com os demais intervenientes, nomeadamente com a Federação russa”.

    De novo, ouvem-se gritos de “Paz sim, guerra não” no pavilhão de Corroios.

  • Paulo Raimundo sem amarras e mudanças: "O nosso compromisso é o de sempre, com os mesmos de sempre"

    Mudanças no PCP? Nenhumas. “O nosso compromisso é o de sempre e com os mesmos de sempre: com os trabalhadores e o povo”, faz questão de frisar Paulo Raimundo logo no arranque do primeiro discurso.

  • Paulo Raimundo: "Com esta força, com esta determinação é muito fácil levar para diante as tarefas que o partido nos traz"

    Começa o primeiro discurso de Paulo Raimundo como secretário-geral do PCP.

    Com a sala a aplaudir efusivamente, diz Raimundo: “Com esta força, com esta determinação é muito fácil levar para diante as tarefas que o partido nos traz”.

    “As decisões que estamos a tomar reforçando o Partido, são uma necessidade dos trabalhadores, das populações, da juventude, dos democratas e patriotas”, diz.

  • Eleição de Paulo Raimundo por unanimidade volta a levantar a sala. Jerónimo de Sousa e Paulo Raimundo abraçam-se

    Na tribuna, onde está sentado o Comité Central, Jerónimo de Sousa e Paulo Raimundo, ao centro, abraçam-se enquanto os delegados à Conferência Nacional aplaudem a eleição por unanimidade de Paulo Raimundo.

    Está selada a troca de pastas entre os líderes do Partido Comunista Português.

    Segue-se o primeiro discurso de Paulo Raimundo dentro de momentos.

  • Jerónimo volta a ser aplaudido de pé pela Conferência Nacional

    No momento em que José Capucho dá informações sobre a reunião de ontem à noite do Comité Central e anuncia que “o Comité Central compreendeu e aceitou as razões apresentadas por Jerónimo de Sousa para a sua substituição” os delegados à Conferência Nacional irrompem num aplauso de pé a Jerónimo de Sousa.

  • Proposta de resolução da Conferência Nacional aprovada com uma abstenção

    A proposta de resolução da Conferência Nacional aprovada com uma abstenção.

    Apesar de os aplausos se terem ouvido ainda durante a votação, antevendo uma unanimidade, um dos delegados à Conferência Nacional levantou o braço no momento da abstenção, quebrando a unanimidade na aprovação.

  • Francisco Lopes defende "identidade operária" do PCP, que provou ter "resistência" aos "golpes"

    Francisco Lopes, um dos homens mais poderosos do PCP (com assento tanto no secretariado como na comissão política do Comité Central) fala agora para mais uma intervenção de fundo e de grande carga ideológica: “Somos o partido comunista português com a sua identidade operária, o que melhor defende o interesse dos trabalhadores, tendo por objetivo a construção de uma sociedade nova, com base no marxismo-leninismo”, recorda.

    E recorda alguns dos objetivos do partido: “Pela rutura com a política de direita, por uma democracia avançada, uma sociedade socialista. A afirmação do partido da sua identidade e projeto e o seu reforço é uma tarefa de todos os dias”, avisa. Com oportunidades para o PCP — “os problemas das massas populares acentuaram-se” — mesmo num contexto que o PCP considera hostil, falando numa “continuada operação anticomunista para reduzir influência, abalar a confiança e promover o isolamento” do partido.

    Sobre essas dificuldades, admite que “os golpes fazem as suas marcas mas não ficam sem resposta”. Mas “os últimos anos provaram a capacidade de resistência”.

    “Sabemos da força do nosso partido. Um partido de vanguarda que queremos mais forte e influente no plano organizativo, político, social, eleitoral, institucional”, que existe “não para substituir os trabalhadores, mas para lhe dar mais força”.

    “Face ao poder instalado do grande capital, é tarefa do partido contribuir para um salto qualitativo da organização e intervenção dos trabalhadores”. Isso será trabalho para cada “membro do partido”, junto das organizações e movimentos de massas, “dando mais atenção à integração de novos militantes e valorizando militância”.

  • Ilda Figueiredo diz que "É necessário acabar com a ingerência externa e o uso da força militar"

    Depois de um conflito com Rui Moreira, na autarquia do Porto, para a organização de um “concerto pela Paz”, Ilda Figueiredo voltou a lembrar que a Câmara do Porto foi a “única de cinco” que não se associou à iniciativa.

    Com uma intervenção totalmente dedicada à questão da Paz, apelando “à dissolução da NATO” e à diminuição de “despesas militares”, Ilda Figueiredo lembrou os exemplos do “Saara Ocidental, da Palestina e de Cuba”.

    Sem referências à Ucrânia, invadida pelos militares do Kremlin em fevereiro, Ilda Figueiredo anunciou ainda um “grande encontro pela Paz”, mas será necessário esperar: “em outubro do próximo ano.”

  • Bernardino Soares. "Líder do PCP? Assunto nunca existiu, fica agora arrumado"

    Dirigente comunista descarta de vez o “não assunto” da corrida à liderança do PCP, sublinha o contributo “inestimável” deixado por Jerónimo de Sousa e elogia “conhecimento” de Paulo Raimundo.

    Ouça aqui a entrevista na íntegra a Bernardino Soares, na Conferência Nacional do PCP.

    Bernardino Soares. “Líder do PCP? Assunto nunca existiu, fica agora arrumado”

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