O Centro Hospitalar do Oeste abrange uma extensa área do norte do distrito de Lisboa e sul do concelho de Leiria, hoje a funcionar principalmente em dois hospitais – Torres Vedras e Caldas da Rainha.

Estas infraestruturas são antigas e pouco atractivas para os profissionais de saúde e não prestam os cuidados que toda a população merece.

A situação degradante do Centro Hospital do Oeste não é de hoje, tem várias décadas. E por isso, há muito que se fala na construção de um novo Centro Hospitalar que abranja toda a região.

Só que as recorrentes dificuldades orçamentais do Ministério da Saúde e a ausência de consenso no Oeste sobre a localização ideal para essa nova infraestrutura, levaramm a que a decisão do Governo fosse adiada sined-ia.

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Finalmente parecia que o bom senso tinha imperado na comunidade Inter Municipal do Oeste. Por unanimidade foi decidido avançar com a contratação de uma entidade independente que identificasse a melhor localização e as valências ideais para esse hospital.

Aguardamos muitos meses e finalmente o estudo, elaborado pela Universidade Nova, foi entregue. Este estudo foi aceite por todos os autarcas e em conjunto reuniram-se para o entregar ao ministro da Saúde, que se comprometeu a tomar uma decisão até 31 Março.

O estudo aponta a localização do hospital para um ponto intermédio entre Torres Vedras e Caldas da Rainha – o concelho do Bombarral, junto a um nó da autoestrada A8. De igual modo estabelece que as urgências básicas do hospital de Torres Vedras e Caldas da Rainha devem continuar a funcionar para atendimento dos casos mais simples.

Parecia que o processo do Hospital do Oeste, finalmente, estava a avançar.

Só que pouco depois autarcas das Caldas recuaram, passaram a criticar o estudo e a exigir que o novo hospital fique no seu concelho. Esta posição é uma verdadeira loucura. Um mau serviço ao Oeste e a toda a população. Representa cada um colocar-se a defender o seu bairro, o seu umbigo e a esquecer o que é melhor para todos.

Postura idêntica poderia ter sido tomada pelos dirigentes de Torres Vedras – concelho com mais população, com maior dinâmica de crescimento populacional, com maior dinamismo económico. Mas, felizmente, assumiram um comportamento diferente – defender a construção do novo hospital o mais rápido possível, manter a palavra dada e o compromisso de respeitar as  conclusões do estudo.

Esta posição responsável contrasta com a posição irresponsável de outros, a qual já conseguiu um novo atraso na decisão final do Governo. Assim, com esta loucura as pessoas vão continuar a sofrer.

Espero que não se deixem iludir, nem enganar. Pois, assim, com cada um a defender a sua quinta, nunca iremos ter um Novo Centro Hospitalar no Oeste.