A campanha eleitoral nos Estados Unidos da América está em ebulição. Também porque numa das suas últimas acções, Donald Trump foi fritar batatas para um McDonalds. Mas mais porque, apesar de terem sido as batatas a ser mergulhadas em óleo a ferver, quem se desfez em histerias por causa da vista do homem cor-de-laranja ao restaurante dos arcos dourados foram os democratas.

Tudo porque Trump foi “trabalhar” para um McDonalds, mais do que insinuando que a história de Kamala Harris ter sido funcionária dessa cadeia de restaurantes é mentira. Maldoso, o Trump. Só porque o McDonalds nunca confirmou a versão de Kamala, e porque essa suposta experiência profissional parece não constar em nenhum currículo alguma vez produzido pela candidata democrata ao longo da sua vida profissional. Até prova em contrário, a única coisa que Kamala tem em comum com a fast food é a rapidez com que quer que engulamos uma peta.

A propósito de PETA, não me admirava que, após as eleições, esta organização que zela pela bicharada tivesse de entrar em cena. A julgar pelas sondagens – e, já agora, pelas casas de apostas -, Trump está a ganhar vantagem na corrida presidencial. E ainda por cima esteve a atender clientes no drive thru, mesmo como quem treina para atropelar a candidatura democrata. Pode ser precisa a PETA para tratar daquilo a que os americanos chamam, carinhosamente, roadkill.

Por falar em falecimentos, na sequência dos tão lamentados óbitos dos dois últimos líderes do Hamas, a organização parceira da ONU de Guterres em tantos projectos humanitários está a ser temporariamente liderada por um comité de cinco membros, sediado no Qatar. Imagino o entusiasmo nas reuniões do comité para a eleição do futuro líder:

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Ahmed: Meus caros, a honra de ser o nosso próximo líder deve recair sobre o Mohamed. Proponho um brinde: que não lhe recaia um míssil israelita mesmo na tola! Já esta semana.

Mohamed:Ahmed, fico muito, muito grato, mas não mereço. Quem merece é o Rashid.

Rashid: Seria um gosto tão grande. Não fosse o caso de podermos ter um líder muito superior, na pessoa do Faisal.

Faisal: Que orgulho. Que prestígio. Que sonho. É tudo o que eu desejo ao Abdullah.

Ahmed, Mohamed e Rashid, em uníssono: É isso! Mas que bela solução, Faisal! Abdullah! Abdullah? Onde é que está o Abdullah?

Faisal: Estranho. Vai ali em baixo, a correr em direcção aos Emirados Árabes Unidos…

E ainda há gente maldosa a insinuar que a rapaziada do Hamas não só não é atenciosa como até é um bocadinho abrutalhada.

Também por cá se fala em sucessões. Para já, não ao nível do primeiro-ministro, uma vez que a sucessão de picardias infantis em torno do Orçamento produziu, enfim, um documento, mesmo que tresande a velho. E, porque, no congresso do PSD, Luís Montenegro mostrou dinamismo, ao malhar forte na disciplina de Educação para a Cidadania. Por achar que as crianças não devem ser educadas para a cidadania? Por acaso acredito que seja mais por achar ligeiramente esquisito adultos falarem com crianças sobre preferências e práticas sexuais. Mas espantaram-me, confesso, estas reservas de Montenegro quanto ao currículo escolar quando, no mesmo congresso, enalteceu tanto o “transformismo” de Cavaco Silva.

Mas voltando às sucessões, aquela a que me referia é a do Presidente da República. E eu antecipo alternância democrática no mais alto cargo da nação. Depois da TVI ter eleito Marcelo Rebelo de Sousa, é agora a vez da SIC eleger o seu sabonete… candidato presidencial, Marques Mendes. Só espero que esta alternância democrática não acabe por, ironicamente, desprestigiar a República, ao ponto de em 2031 o 24Kitchen eleger o Rei dos Frangos.