E continuam as manifestações pró-Palestina em estabelecimentos de ensino superior, desta vez na Nova Medical School, em Lisboa. Pensei que isto já tinha acabado há tempo. Embora, a manterem-se protestos, faça sentido acontecerem numa faculdade de Medicina. Se a ideia dos manifestantes é inventar formas de se baldarem a boa parte das aulas, faz sentido numa escola de Medicina os protestos durarem mais, uma vez que os cursos também são mais longos. Sim, que esta malta que vai para Medicina tem médias altíssimas, é gente com inteligências superiores.

O que continuo a estranhar, mas, lá está, fará sentido para estes espíritos superiormente iluminados – já deve ser tudo à base de LEDs alimentados, voluntariamente, claro, por pirilampos com uma dieta à base de compostagem de dejetos de unicórnio – onde é que eu ia? Ah, sim. Só mesmo a espíritos superiormente iluminados fará sentido combinar os objectivos “Fim ao genocídio” (a propósito da intervenção de Israel em Gaza) com “Fim ao fóssil” (a propósito das energias que usamos).

É que não combinam, de todo, os propósitos. Como sabemos, “Fim ao genocídio” não passa de um eufemismo – eu não disse que esta malta de Medicina era esperta? – para “Fim a Israel”. Uma vez que não há qualquer genocídio. Há, sim, a tentativa de eliminar um grupo terrorista, o Hamas. E não desejar o fim do Hamas, é desejar que o Hamas prossiga os seus intentos. Intentos que são, 1) eliminar Israel, 2) eliminar Israel, 3) eliminar Israel, enquanto metem ao bolso os milhares de milhões de ajuda humanitária, que sai, também, dos nossos impostos, para viverem já muito razoavelmente no Qatar.

Portanto, apelar ao “Fim ao genocídio” é, no fundo, apoiar a actividade de uma horda dos mais psicopatas assassinos de que há memória. Se o Buffalo Bill, o serial killer de Silêncio dos Inocentes, calha inscrever-se no Hamas, iam passar os primeiros cinco, sete anos a praxá-lo por ser um betinho. Portanto, o intuito de tal agremiação mais não é do que fossilizar tudo o que se assemelhe ao tipo de progresso que apreciamos. Ou seja, o “Fim ao fóssil” não combina com o “Fim ao genocídio”.

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Um bocado como Pedro Nuno Santos não combina com vitórias em eleições. Há o azeite e a água e depois, uns patamares acima em termos de incompatibilidade, estão o líder do PS e os bons resultados eleitorais. Desta vez foi nas eleições na Madeira. O PSD teve o pior resultado de sempre na ilha. E o PS conseguiu, ainda assim, ter menos 15% de votos que os sociais-democratas. Fica um paralelo para terem noção do desastre socialista.

Imagine que ia disputar os 100 metros com o Usain Bolt. Está nos blocos, ouve o tiro de partida e arranca a toda a sua, comparativamente ridícula, velocidade. Nisto, constata que o juiz da corrida é Stevie Wonder. Que disparou o tipo de largada demasiado na horizontal, acertando num joelho de Usain Bolt. A bala entrou e saiu do joelho. Do mal o menos. Para se alojar no outro joelho do corredor jamaicano. Do mal o mais. Usain Bolt está, neste momento, em agonia, no chão. Pelo que você se apressa em direcção à linha da meta, para não perder esta oportunidade absolutamente única de vitória. Nisto, apercebe-se que é Pedro Nuno Santos. E que não consegue aproveitar oportunidades absolutamente únicas de vitória. E acorda do pesadelo, lavado em suor. Como se tivesse corrido uma maratona contra Carlos Lopes.

Enfim, para o PS fica, de consolo, o prémio nacional de design, atribuído pelo Clube da Criatividade de Portugal ao logótipo que os socialistas encomendaram para o governo. Já tudo foi dito sobre o polémico logótipo. Por isso vou acrescentar que até não desgosto da obra. Dá ideia que é um logótipo feito pelo programa Simplex. Até porque, de facto, o processo foi muito simples: o governo PS aprovou o novo símbolo e um aninho depois estava na rua.