Uma vez que já tirei a carta de condução há uns aninhos, volta e meia sou surpreendido por sinais de trânsito que desconhecia. Por exemplo, tomei conhecimento, há dias, de um sinal de perigo que tem a imagem de um sapo. Segundo consta, esta sinalética tem por fim alertar para o perigo de anfíbios na via. Confesso que, quando vi o dito bicho no sinal de trânsito, julguei tratar-se de uma brincadeira. Só percebi que era mesmo a sério já depois de ter batráquio espalhado por todo o vidro do carro. E confirma-se que é ajuizado alertar os condutores para este perigo. É que esta bicharada da família da rã é bem peganhenta e muito difícil de descolar do pára-brisas.

Bom, mas vem isto a propósito de uma sugestão que gostava de deixar aqui. Tal como à entrada das auto-estradas há aquele sinal de acesso interdito a peões, motociclos com menos de 50 cm3, e tal, não poderia haver, quiçá logo à entrada do Conselho de Ministros, um sinal de acesso interdito a Cabritas? E já que se fabricava o sinal, punha-se o dístico também à entrada das próprias auto-estradas. Que já deu para perceber que este tipo de indivíduo, não só não combina com funções governativas, como também não combina com vias com separadores de faixa de rodagem.

As últimas notícias relativas ao acidente com o carro de Eduardo Cabrita na A6 dão conta que o veículo em que o ministro seguia está, como que, num “limbo jurídico”. Isto é, ainda não foi perdido a favor do Estado e o dono é o proprietário inicial. Mas já está registado em nome da Secretaria-Geral do MAI e tem uma nova matrícula. Portanto, neste momento, não faço ideia de para que lado esta questão jurídica irá cair. A única certeza que podemos ter é que Eduardo Cabrita, esse, não vai cair de certezinha.

Ainda quanto ao carro em que Cabrita seguia na altura daquela desgraça, sabe-se que pertencia, ou pertence, a um indivíduo condenado por tráfico de droga. Cujo advogado exige, agora, uma indemnização ao Estado, assim como o pagamento dos danos causados à viatura. Eu, da minha parte, estaria disposto a pôr bom dinheiro em como, enquanto esteve na posse do tal traficante de droga, o carro nunca andou tão depressa para fugir à polícia como aquando do momento do acidente com o ministro. Decerto apressado para chegar ao local onde tinha agendada a sua próxima calinada escandalosa. O que, atenção, acaba por ser compreensível. Porque, neste ponto em particular, a agenda de Eduardo Cabrita tem menos espaços livres que o parque de estacionamento do Centro Colombo em dia de saldos na Primark.

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Uma coisa é certa, no fim desta história, o único ocupante do carro ministerial que se vai tramar é mesmo o motorista. Na senda de outros motoristas que tiveram a infelicidade de estar presentes em momentos cruciais da carreira de altos responsáveis socialistas. Com destaque para João Perna, o famoso chofer que tratava de tudo o que era trabalhos de reprografia de José Sócrates. Aliás, na lista de profissões mais arriscadas do mundo, neste momento, o Top 3 é o seguinte:

3ª Profissão mais Arriscada do Mundo: chefe do programa nuclear do Irão
2ª Profissão mais Arriscada do Mundo: conselheiro pessoal de Kim Jong-un
1ª Profissão mais Arriscada do Mundo: motorista de eminentes políticos socialistas

Para acabar com uma nota de optimismo, Fernando Medina apresentou a sua recandidatura à presidência da Câmara Municipal de Lisboa. Sob o olhar encorajador de António Costa, Medina prometeu creches gratuitas e rendas acessíveis. Acho pouco. Creio que Medina podia, perfeitamente, pagar aos progenitores para porem os putos na creche e oferecer casas. “Como assim, Tiago? Prometer creches gratuitas e rendas acessíveis é já por demais demagógico. O que tu preconizas é apenas ridículo”, dá-me ideia de ouvir aos meus leitores. Que por vezes se precipitam. Não me deram tempo de explicar como Medina financiaria estas medidas. Ora escutem. Basta começar a exigir boas maquias aos manifestantes anti-Putin, anti-Xi Jinping e anti-Maduro, em troca da CML não enviar dados pessoais aos governos dos seus países de origem. Quem é um génio? Não precisam de responder.