Augusto Rosa e Teresa Marques, os autores do projeto, explicaram à agência Lusa, no Centro Cultural António Aleixo, que a montagem das figuras foi realizada numa área de 210 metros quadrados com a ajuda de três colaboradores. Ao longo de 40 dias cada pessoa trabalhou em média 12 horas por dia.

“Este ano, nos primeiros três dias, em qualquer dos dias, batemos o recorde diário de visitantes, coisa que pensávamos que era quase impossível. Ultrapassámos numa média de quase 600 pessoas por dia em relação ao ano anterior, chegando às 1.800”, congratulou-se Augusto Rosa.

O autor deste cenário alusivo à quadra natalícia explicou que o presépio tem mais 10 metros quadrados e que “este ano foi muito importante” e “deu mais gosto a fazer” porque “todas as novidades foram construídas”.

“Nós não adquirimos figuras novas, mas foram construídas zonas novas. As únicas figuras novas que adquirimos são cavalos e de resto tudo o que é novo foi feito por nós”, afirmou, numa referência às múltiplas figuras e cenas mecanizadas, com água ou luz, que podem ser encontradas.

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Augusto Rosa destacou ainda o trabalho de cerca de três meses que foi previamente feito a pintar as figuras e que a coautora do presépio, Teresa Marques, disse ter sido muito demorado.

“Foram 4.000 e são muitas figuras para pintar. E leva sempre tempo, porque as peças são muito pequeninas, principalmente as galinhas, que são peças as mais pequeninas, e ainda tínhamos que deixar secar uma parte para pintar a outra, porque senão a tinta pegava. E isso foi muito trabalhoso”, reconheceu.

Contudo, a satisfação quando os visitantes começam a chegar faz os autores superarem as dificuldades dos meses e das longas horas de trabalho.

“A afluência foi muito grande, não esperávamos ter tanta gente, mas como foi um feriado nesses três dias… então aqui os nossos vizinhos espanhóis foi uma loucura. Mas portugueses também vieram muitos. E acho que pessoas que vieram pela primeira vez ficaram satisfeitas e isso foi uma grande admiração”, afirmou ainda Teresa Marques.

Adelino Moreira, natural da Beira Alta a residir no Algarve há 37 anos, foi um dos visitantes com quem a Lusa falou e disse que esta foi a segunda visita que fez desde a abertura, a 06 de dezembro.

“Hoje estou também com um casal amigo que reside em Albufeira, também da Beira Alta, estivemos a almoçar juntos e disse ‘vamos a Vila Real de Santo António’ ver o presépio, porque aquilo é magnífico e aconselho qualquer pessoa a vir”, acrescentou.

Também João Loureiro, natural de Viseu mas residente em Alvor, descreveu o resultado final como “qualquer coisa de excecional”, feito com “muita dedicação” e “muito interessante”, considerando ter “gastado bem o tempo” na deslocação a Vila Real de Santo António.