O PS solicitou uma audiência “com caráter de urgência” no parlamento do presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) para serem prestados esclarecimentos sobre a situação da entidade na Grande Lisboa.

“Se a maioria não viabilizar esse requerimento, estamos mesmo disponíveis para forçar um agendamento potestativo dessa audição”, vincou o vice-presidente da bancada socialista Marcos Perestrello em declarações aos jornalistas.

O requerimento foi apresentado na comissão parlamentar de Saúde e surge depois de o PS tentar falar com o presidente do INEM, Paulo Campos, desde segunda-feira de manhã para marcar uma reunião com este organismo, o que “não se revelou até agora possível”, lamentou Marcos Perestrello.

O também líder da Federação da Área Urbana de Lisboa do PS considerou ainda “inaceitável” o “silêncio” do Governo em torno do “problema do INEM” na capital.

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“Há períodos do dia em que um terço das ambulâncias de socorro na região de Lisboa está inoperacional. Consideramos essa situação inaceitável”, declarou o parlamentar socialista.

Os técnicos de ambulância de emergência estão desde o início do mês a recusar fazer horas extraordinárias.

Uma responsável pela comunicação do INEM referiu hoje à Lusa que os serviços de socorro e a emergência médica do organismo não estão afetados, pedindo à população da Grande Lisboa para que continue a confiar na instituição.

O presidente do INEM, Paulo Campos, anunciou na segunda-feira, no final de uma reunião no Ministério da Saúde, que até setembro vai haver um reforço de técnicos de emergência médica, com a contratação de 85 profissionais.

Em comunicado, o INEM divulgou que na segunda-feira, “sem aviso prévio, não compareceram 26 técnicos de emergência no período da manhã e 21 no período da tarde”, na Grande Lisboa.

Os trabalhadores do INEM decidiram na segunda-feira agendar uma greve ao trabalho extraordinário, a partir do dia 24, segundo anúncio da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais.

O INEM ameaçou participar ao Ministério Público contra quem colocar em risco o socorro urgente a pessoas.