O governo considera que é “possível” e “desejável” que o Estado negoceie juros mais baixos e prazos mais longos para pagar a dívida da TAP à banca. A declaração foi feita por Pedro Marques, ministro das Infraestruturas, em entrevista à SIC.

“Achamos que é possível e é desejável que as condições de financiamento da TAP reflitam este novo espaço de estabilidade” que, segundo Pedro Marques. Foi desta forma que o ministro do Planeamento e das Infraestruturas indicou que haverá uma negociação em torno dos cerca de 400 milhões de euros (parte dos quais em dívida de curto prazo) que a TAP tem junto da banca. 

“Está dentro das nossas preocupações uma reestruturação do passivo – quanto às maturidades e quanto às taxas de juro, também”, atirou Pedro Marques. Em especial, o governo quer renegociar os cerca de 120 milhões de euros que a TAP tem em dívida de curto prazo.

O novo acordo entre o Estado e os privados está dependente desta negociação com a banca, já que o memorando de entendimento assinado prevê que o negócio “esteja condicionado à verificação prévia de autorizações de terceiros e uma reestruturação financeira”.

O ministro garantiu, ainda, que após o Estado ter recuperado 50% das ações da TAP (o plano inicial previa ficar apenas com 39%), “o plano de capitalização da empresa mantém-se, tal como o plano de reestruturação da companhia aérea”. “Não vamos alterar o essencial do plano estratégico nem nas opções fundamentais para lá chegar“, garantiu o ministro do Planeamento e das Infraestruturas.

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