O Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, defendeu, nas Caldas da Rainha, uma maior articulação entre o poder central local na gestão dos recursos do país.

“Cada vez mais temos que colocar os recursos de todos a serem geridos pela administração local”, afirmou José Vieira da Silva elogiando “a coragem” da autarquia das Caldas da Rainha em aceitar gestão do património termal.

O Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que hoje presidiu à consignação da obra de substituição das canalizações do Hospital Termal, sublinhou que a cedência da gestão do património às autarquias “deve ser a regra e não a exceção”.

A articulação entre o poder central e o local é “um caminho de sucesso” que o governante defende que deve ser prosseguido por outras autarquias, “como forma de responder a muitos problemas e valorizar o que é nosso”.

A consignação da obra de substituição das aduções e canalizações do Hospital Termal foi o ponto alto das comemorações do Dia da Cidade das Caldas da Rainha, que tradicionalmente assinalava a abertura da época termal.

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As comemorações decorreram, pela primeira vez, com o hospital sob gestão da autarquia, depois de o Estado ter, em dezembro de 2015, entregado à câmara o Hospital Termal, o Parque e a Mata das Caldas da Rainha.

Em contrapartida a autarquia compromete-se a efetuar, nos três primeiros anos obras, de 2,5 milhões de euros no hospital e a investir, até 2020, 9,7 milhões na recuperação dos emblemáticos pavilhões do parque, que se encontram em risco de ruir.

A substituição das canalizações do Hospital Termal, que permitirá reabrir os tratamentos termais, foi hoje consignada ao consórcio Ambiáguas, pelo valor de 511 mil euros, acrescidos de IVA.

À agência Lusa o presidente da câmara, Fernando Tinta Ferreira, adiantou que “as obras vão arrancar no início de junho e deverão estar concluídas em outubro”, prevendo a autarquia que “em 2017 possam retomar-se os tratamentos com água termal”.

A par, a autarquia está a negociar uma parceria com o Montepio Rainha D. Leonor (uma associação mutualista que opera na área da saúde) para a gestão do hospital onde, após a realização de obras no edifício com mais de 500 anos, se pretendem retomar os “tratamentos em banheiras de charme e na área da fisioterapia”, acrescentou o autarca.