O secretário-geral comunista mostrou-se esperançado num 2017 com mais “política patriótica e de esquerda”, desejando “uma resposta duradoura” para as imposições externas como a dívida ou o euro, numa mensagem de Ano Novo disponibilizada, esta sexta-feira, pelo PCP.

“A opção é encontrar uma resposta duradoura” e “enfrentar o problema da dívida, preparar o país para se libertar da submissão ao euro, rejeitar as imposições do Tratado Orçamental, assegurar o controlo público sobre a banca e o setor financeiro”, defende Jerónimo de Sousa no vídeo que será exibido como tempo de antena comunista.

Lamentando os problemas de desemprego, precariedade, emigração jovem, baixos salários e reformas, desigualdades sociais e regionais, o líder do PCP afirmou que “é uma ilusão pensar que é possível inverter o rumo de empobrecimento do país, sujeito às políticas impostas a partir do exterior, nomeadamente da União Europeia e interesses dos grandes grupos económicos e financeiros”.

“O ano que agora finda mostrou que o país não está condenado a ter como única opção o caminho do agravamento da exploração, do declínio e do retrocesso. Os resultados são ainda limitados porque limitadas são ainda as políticas e opções da ação governativa para dar resposta aos graves problemas nacionais, que anos e anos de política de direita e de intervenção externa impuseram ao país”, criticou.

Jerónimo de Sousa, contudo, recusou “subestimar os avanços que se deram na reposição de rendimentos e direitos dos trabalhadores, no estímulo à atividade das micro, pequenas e médias empresas, no reforço da garantia dos direitos à saúde, à educação, Segurança Social e cultura”.

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