A líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, defende em entrevista ao jornal Público que o Governo foi imprudente ao avançar com a proposta para descer a Taxa Social Única (TSU), ao não contar que o PSD mudaria de posição, e admite apoiar medidas que reduzam custos para as pequenas empresas. Renegociação da dívida deve avançar, mesmo que seja uma decisão unilateral, defende na mesma entrevista.

A porta-voz do partido com o qual o Governo tem um acordo de incidência parlamentar – a par do PCP e do partido ecologista Os Verdes -, considerou “incompreensível” que o PSD vote “contra tudo o que diz defender”. Sobre compensações ao chumbo da descida da TSU, Catarina Martins admite apoiar medidas que reduzam os custos das pequenas e médias empresas, em especial no que diz respeito aos custos com energia ou, por exemplo, no pagamento especial por conta.

A responsável volta ainda a defender a nacionalização do Novo Banco, admitindo que haverá sempre custos para o contribuinte em qualquer uma das opções em cima da mesa, e que Carlos Costa não tem condições para estar à frente do Banco de Portugal, mas que o Governo lhe continua a dar cobertura.

Já sobre a saída do euro e a renegociação da dívida pública portuguesa, Catarina Martins defendeu que qualquer país deve estar preparado para abandonar a moeda única, ou mesmo para o fim do euro, e não espera que haja uma discussão sobre a dívida pública que tenha origem na Europa. Por isso, reforça, a dívida deve ser renegociada unilateralmente.

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