Os principais bancos credores da TAP aceitaram a extensão da maturidade do empréstimo de 120 milhões, que vencia este ano, por mais cinco anos, até 2022, noticia hoje o Jornal de Negócios. Esta era uma das condições para o fecho do negócio a que o Governo chegou com a Atlantic Gateway, de Humberto Pedrosa e David Neeleman, e para que o Estado voltasse a ser o maior acionista (com 50%) da companhia aérea.

De acordo com a informação divulgada pelo Negócios, o ministério do Planeamento e das Infraestruturas confirmou a conclusão das negociações com a Caixa Geral de Depósitos, o Millennium BCP e o Novo Banco, os principais financiadores do empréstimo no valor de 120 milhões de euros, que vencia em Novembro deste ano. Com este acordo, o prazo da maturidade é dilatado para 2022 e a taxa de juro média da dívida não garantida reduz-se em 1%.

A renegociação para reestruturar o passivo financeiro da companhia aérea era o passo que faltava para concluir o negócio que o Executivo acordou com os privados no ano passado: o Estado passaria a ter 50% do capital da companhia aérea; a Atlantic Gateway, por seu lado – que em Novembro de 2015 adquiriu na privatização realizada pelo Governo de Passos Coelho 61% da TAP – passará com esta operação a deter 45%, mais as ações que não tiverem sido adquiridas na oferta destinada aos trabalhadores.

As alterações na administração de algumas das entidades bancárias no ano passado provocou alguns atrasos no processo de renegociação, como admitiu o ministro da tutela, Pedro Marques. A complicar o processo terá estado a indefinição por que a Caixa Geral de Depósitos passou, quer no que respeita ao processo de escolha de novos gestores, como na negociação do seu plano de capitalização. Também o Novo Banco mudou de liderança em 2016.

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