Modelo de estreia de uma das recentes startups que decidiram abraçar o conceito do automóvel 100% eléctrico, liderada pelo ex-Tesla Peter Rawlinson, o Air já tem preço e já está a receber encomendas: 165 mil dólares nos EUA, qualquer coisa como 155 mil euros, valor que é consentâneo com o posicionamento mais luxuoso que a Lucid Motors pretende dar à sua proposta.

É este o preço da versão de lançamento, denominada, precisamente, Launch Edition, a mais exclusiva e mais onerosa, estando previstas igualmente versões mais acessíveis, cujo valor deverá rondar os 13o mil dólares, similar ao preço praticado nos EUA pelo Model S P100D, com o Lucid Air a beneficiar da vantagem de incluir de série a condução autónoma, sendo que, na Tesla, tal exige um investimento adicional próximo dos 5.000 dólares .

A Lucid Motors anunciou que pretende fabricar apenas 255 unidades da versão Launch Edition, para entrega em 2019, com a produção a dever arrancar apenas em 2018, numa nova fábrica que a companhia pretende vir a construir no Arizona, EUA, cujo investimento está orçado em qualquer coisa como 659 milhões de euros.

O Air assume-se como um rival directo do Tesla Model S, mas também do Faraday Future FF91, desde logo, pelas potências anunciadas. Com a Lucid Motors a prometer duas opções: uma versão menos potente, com 100 kWh, ou seja, idêntica à do Model S P100D, e uma outra mais impressionante, com 130 kWh, que, segundo o fabricante, deverá anunciar uma potência de 1.013 cv, permitindo ao Air acelerar dos 0 aos 100 km/h em apenas 2,5 segundos.

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Quanto à autonomia, a Lucid reclama para o seu Air a capacidade de realizar até 650 km com uma única carga, valor tão ou mais surpreendente quanto o ambiente de luxo que a marca promete para o sedan. A começar, desde logo, por uma configuração interior 2+2, com bancos traseiros individuais, ajustáveis em vários parâmetros, além de reclináveis em 55º – basicamente, uma solução em muitos aspectos idêntica à classe executiva existente nos aviões.

Já para os lugares da frente, vários ecrãs tácteis para regulação do ar condicionado e sistema de navegação, à partida de dimensões maiores que os actualmente existentes na indústria automóvel. Esses ecrãs serão acompanhados de um sistema de som de topo, que visa contribuir igualmente para a atenuação, ou até mesmo eliminação, dos ruídos externos que normalmente entram no habitáculo.

No exterior, destaque para a iluminação, composta de milhares de minúsculas lentes, a imitar os olhos de um insecto, e que, de acordo com informações avançadas pelo fabricante, têm ainda a vantagem extra de consumir menos 50% de energia que os actuais LED.

A finalizar, uma palavra ainda para o conforto no rolamento, que os responsáveis da Lucid Motors asseguram ser elevado, graças não só um centro de gravidade baixo, mas também à utilização de amortecedores a ar com tecnologia de recuperação de energia. Sendo que, a pensar especificamente no bem-estar do condutor, surge igualmente a promessa de o Air ser apenas comercializado com capacidade de condução autónoma.