O PCP questionou o Governo, através do Ministério da Saúde, sobre a falta de especialistas em algumas áreas e a obsolescência de equipamentos no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

Segundo as perguntas entregues na Assembleia da República, o grupo parlamentar comunista quer saber se o Governo confirma “a carência de médicos nas especialidades de otorrino, cirurgia maxilofacial e anestesia” e se está prevista “a abertura de vagas para as especialidades em falta nos próximos procedimentos concursais”.

As deputadas Carla Cruz e Ana Mesquita questionam também quantos técnicos de diagnóstico e terapêutica estão atualmente a exercer funções no CHUC.

O PCP solicita ainda que a respetiva informação seja fornecida de “forma desagregada e por serviço e unidade hospitalar”.

O CHUC integra os Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) – o Centro Hospitalar, vulgarmente conhecido por Hospital dos Covões, o Hospital Pediátrico e as duas maternidades da cidade, entre outras unidades.

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Depois de perguntar ao Governo se tem conhecimento sobre “o estado de obsolescência dos equipamentos existentes no CHUC”, o PCP questiona se está previsto um “plano de investimento para aquisição de equipamentos para o CHUC” e “quais os montantes envolvidos e plano de concretização dessas aquisições”.

O grupo parlamentar comunista quer saber ainda, entre outros aspetos, se o Governo confirma que “há muitas horas em dívida aos trabalhadores que exercem funções no serviço de urgência, designadamente nos assistentes operacionais”.

As questões do PCP foram suscitadas na sequência das jornadas parlamentares do partido realizadas em 10 e 11 de abril, em Coimbra, durante as quais os deputados se reuniram com a administração do CHUC, para se inteirarem sobre “a atividade assistencial, os recursos humanos, materiais e equipamentos” do “maior centro hospitalar do país”.

De acordo com as informações então obtidas, no CHUC, que tem 1.848 camas e 7.289 profissionais, faltam 36 especialistas em anestesia e “nos últimos tempos saíram seis otorrinos, “tendo apenas sido recrutado um, o que é manifestamente pouco”, refere o mesmo documento do PCP.

Sublinha-se que “a carência de profissionais nestas especialidades obriga a tempos de espera mais longos quer nas primeiras consultas, quer nas subsequentes”.

Na visita ao Hospital dos Covões, os deputados comunistas foram “alertados para a necessidade de serem contratados técnicos de diagnóstico e terapêutica” e cardiologistas, estando a assistir-se a “saídas destes especialistas do SNS [Serviço Nacional de Saúde] para o setor privado e para a emigração”, refere o documento.