O novo modelo de apoio às artes, a vigorar a partir de 2018, vai ser apresentado a entidades do setor nos próximos dias 10, 11 e 12 de julho, disse o secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado, esta quarta-feira.

Vai ser apresentado ao setor nos dias 10, 11 e 12 de julho. No dia 10 de julho será apresentado a entidades do setor em concreto e, nos dias 11 e 12 de julho, estamos a organizar sessões abertas de apresentação”, disse o secretário de Estado, sem fazer mais comentários.

Miguel Honrado falava aos jornalistas, no Barreiro, distrito de Setúbal, depois de uma visita a vários locais no concelho, como o Auditório Municipal Augusto Cabrita, o património da ex-CUF, o património ferroviário e moageiro e as instalações da Associação de Desenvolvimento de Artes e Ofícios (ADAO). Em novembro do ano passado, Miguel Honrado anunciou, no parlamento, em Lisboa, que o modelo de apoio às artes seria revisto em 2017, para entrar em vigor em 2018.

No âmbito do debate na especialidade da proposta do Orçamento do Estado para este ano, nas comissões parlamentares de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, e de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, o secretário de Estado da Cultura disse que 2017 seria “um ano de transição” neste setor.

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No passado mês de fevereiro, Miguel Honrado cumpriu uma ronda de encontros, pelo país, com agentes do setor, nas diferentes Direções Regionais de Cultura, nas quais participaram, globalmente, 371 entidades, num total de 531 pessoas, de acordo com o balanço então apresentado pela tutela. Após estas reuniões o Ministério da Cultura abriu um inquérito, junto de agentes do setor, sobre o novo modelo de apoio às artes, num processo coordenado por equipa do Centro de Investigação e Estudos em Sociologia (CIES), do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa – Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE/IUL).

Na altura, foram igualmente abertas duas linhas de financiamento para apoio às artes, no montante de 2,5 milhões de euros, destinadas a projetos e ao reforço de planos de atividade regular, com o objetivo de garantir estabilidade à atividade artística, durante este ano, que a tutela considera uma fase de transição entre modelos de apoio.

“Vamos corrigir todos os desfasamentos que têm sido criados ao longo destes anos (…). Uma das prioridades é precisamente a correção do grande desfasamento dos apoios”, disse o secretário de Estado, no parlamento, quando anunciou a revisão do modelo de apoio às artes.