Jonas
Jonas
Jonas
Jonas
André Almeida
Jonas
Cervi
Jonas
Jonas

Jonas, (quase) sempre ele. Dos últimos nove golos do Benfica na 1.ª divisão, sete pertencem a Jonas. É dose. Aos 90-e-tal segundos, o brasileiro recebe na esquerda, domina e atira ao ângulo superior de Charles. É dele o golo de abertura nos Barreiros, minutos depois de se conhecer o nulo entre Sporting e Porto em Alvalade. Nada melhor do que começar assim para afastar a crise evidente dos 5-0 em Basileia a meio da semana.

Imbatível em casa há 19 jogos, desde 11 Setembro 2016 (Rio Ave 1-0), o Marítimo acusa o golpe e demora a reagir. Só aos 15′ é que Ricardo Valente se desembaraça de toda a malta e corre por ali fora como se não houvesse amanhã. Quando se desvia de Luisão à entrada da área, antevê-se o remate em curva com o pé direito. Meu dito, meu feito. A bola sai é ao lado do poste esquerdo de Júlio César, a controlar com os olhos. À imagem de outro lance aos 27′, num pontapé atrevido de Fábio China. Ué (desculpem lá esta linguagem, só que há seis brasileiros a jogar pelo Marítimo e mais quatro pelo Benfica), e o tetracampeão, cadê? Uns ataques tímidos aqui, outros ali e nada de mais. Só aos 32′ é que Jonas (who else?) ataca a baliza de Charles e o guarda-redes maritimista corresponde com uma defesa de alto gabarito para canto. O intervalo chega e o 1-0 justifica-se pela eficácia benfiquista.

O início da segunda parte volta a promover um Benfica mais arrojado e é Cervi quem falha o alvo, aos 47′, na sequência de um lançamento lateral em que a defesa do Marítimo anda aos papéis. Durante dez minutos, nada de nada. Nem um lance digno desse registo. Até que o minuto 58 é o de aviso para o Benfica. Cortesia Rodrigo Pinho num lance individual sensacional, da linha lateral até à meia-lua. O remate é para golo, vale o voo de Júlio César e é canto. No quadradinho seguinte, Charles evita o 2-0, por Salvio. O argentino atira cheio de convicção, o brasileiro defende à futsal para canto. Finalmente, emoção. Dois minutos depois (66′), Bebeto cruza para a entrada da pequena área, André Almeida reduz a velocidade, Júlio César demora a sair-se dos postes e Ricardo Valente intromete-se para o 1-1. É o primeiro golo sofrido de cabeça do Benfica na 1.ª divisão 2017-18.

A partir daqui, os assobios tomam conta do ambiente nos Barreiros pela falta de compreensão e paciência nas substituições de Rui Vitória. Sai Pizzi e toma lá disto, assobios até mais não. Sai Jonas e toma mais disto, assobios e assobios. Nem está em causa os nomes dos substitutos (Krovinovic e Seferovic, já agora). É uma questão de princípio, o de manter os heróis de sempre até ao fim. Como se isso fosse pouco, é o Marítimo quem tem a melhor oportunidade para desfazer o empate. Jardel, o último homem do Benfica, escorrega numa bola fácil e é ultrapassado em corrida por Rodrigo Pinho. O avançado galga meio-campo isolado e, ainda fora da área, atira para defesa de Júlio César. Sem soluções, o Benfica raramente incomoda Charles e o empate vai até aos 90’+6. Pelo terceiro jogo seguido fora da Luz, o Benfica perde pontos (Rio Ave, Boavista e Marítimo) e desaproveita o nulo em Alvalade para se aproximar do primeiro lugar, ainda e sempre a cinco pontos de distância.

Estádio dos Barreiros, no Funchal
Árbitro Jorge Sousa (Porto)
MARÍTIMO Charles; Bebeto, Drausio, Pablo e Fábio China; Gamboa, Jean Cléber e Fábio Pacheco; Rodrigo Pinho (Everton, 72′), Edgar Costa e Ricardo Valente (Éber Bessa, 83′)
Treinador Daniel Ramos (português)
BENFICA Júlio César; André Almeida, Luisão, Jardel e Grimaldo; Fejsa, Pizzi (Krovinovic, 70′), Salvio e Cervi (Rafa, 76′); Jonas (Seferovic, 84′) e Jiménez
Treinador Rui Vitória (português)
Marcadores 0-1 Jonas (2′); 1-1 Ricardo Valente (66′)

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