Numa época em que os veículos autónomos estão na ordem do dia, mas ainda a alguns anos de de se tornarem realidade, fábricas de automóveis como a que a Seat possui nos arredores de Barcelona recorrem já a este tipo de automatismo. Concebidos como ferramenta de trabalho, estes modelos autónomos deslocam-se sozinhos, visitam cada uma das estações de trabalho da linha de montagem e fornecem as peças que são necessárias para completar a construção do veículo que se segue.

Ao todo, são 125 os robôs que, autonomamente, dão uma mão aos seus colegas de carne e osso que trabalham em Martorell. Todos os dias realizam 2.800 rondas pelos diferentes postos de trabalho, servindo os 7.000 funcionários que ali trabalham. De caminho, percorrem 436 mil km por ano – o equivalente a uma viagem entre a Terra e a Lua – e deslocam 23.800 peças por dia, podendo carregar até 1.500 kg de cada vez, tudo para assegurar um ganho de 25% na produtividade.

Estes veículos autónomos são completamente robotizados, deslocando-se em percursos predeterminados, mas ainda assim têm de conviver com peões (neste caso, trabalhadores fabris), peças e paletes fora do sítio. E tudo sem causar acidentes. Contam, para isso, com uma série de sensores e inteligência artificial, que os ajudam a navegar entre os obstáculos, assumindo as tarefas mais pesadas e que envolvem esforços superiores, deixando para os funcionários o trabalho mais “leve”.

Os robôs, denominados AGV, são fruto de um trabalho prolongado do fabricantes espanhol visando a optimização da digitalização e automação, sendo ainda assim controlados por um conjunto de cinco técnicos a quem, em última instância, cabe intervir por controlo remoto caso alguns dos 125 veículos sinta dificuldade em lidar com uma situação que lhe surja pela frente.

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