A organização da Fórmula 1 anunciou esta quarta-feira o fim das “grid girls” nas corridas, a partir desta época — que se inicia no dia 25 de março. A decisão aplica-se ao mundial da categoria rainha e a campeonatos como a F2 ou a GP3.

O diretor de operações comerciais, Sean Bratches, justificou esta mudança como uma forma de “estar mais em sintonia” com a visão da Fórmula 1. Bratches defendeu que esta prática não é “adequada ou relevante nem para a Fórmula 1 nem para os fãs, antigos ou novos, de todo o mundo”.

“Embora a prática de usar ‘grid girls’ tenha sido frequente na Fórmula 1 há décadas, sentimos que esse costume não reflete os valores da nossa marca e está claramente em discordância com as normas da sociedade moderna dos dias de hoje”, explicou Bratches.

As “grid girls” são modelos que estão nas corridas e têm funções como segurar guarda-chuvas e placas de identificação dos pilotos ou alinharem-se em fila, para formar um corredor que leva os vencedores até ao pódio. As roupas que usam têm normalmente os logótipos dos patrocinadores.

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No Twitter, a Women’s Sport Trust — uma organização que visa aumentar o impacto das mulheres no desporto — agradeceu a proibição desta prática. “Obrigada Fórmula 1 por decidir parar de usar ‘grid girls’. Outro desporto a fazer uma escolha clara sobre o que defendem“, pode ler-se na publicação.

Já Kelly Brook, uma antiga “grid girl”, em declarações ao jornal The Sun, mostrou-se contra esta decisão: “Foi um dos melhores empregos que já tive. Vestimo-nos de forma glamourosa e obviamente trata-se de estar apresentável, mas nunca senti que fui usada“.

Em julho do ano passado, as “mulheres do pódio” com a função de entregar os prémios aos vencedores e lhes dar beijos foram proibidas pela organização da Volta a Espanha. A cerimónia passou a ser realizada quer por mulheres, quer por homens. No mesmo ano, a direção do Tour Down Under, na Austrália, decidiu deixar de ter modelos femininas no pódio.

Não haverá mais “mulheres do pódio” na Volta a Espanha