O advogado António Lobo Xavier defendeu no sábado uma “alienação rápida do Novo Banco” e disse compreender a saída da administração, uma vez que “procurou estabilizar o banco” e “quando achou o banco estabilizado” achou “melhor que outros, preparados para a função que o Banco de Portugal e o Governo efetivamente querem, assumam essa função”, pode ler-se no Jornal de Negócios. O antigo dirigente do CDS-PP falava aos jornalistas à margem da sua participação na “escola de quadros” centrista, a ‘rentrée’ do partido, que decorre em Peniche.

“Eles queriam reconstruir um banco, este modelo de solução de problema do BES é mais um modelo de alienar o banco ou os ativos do banco”, afirmou, sublinhando comungar da necessidade de uma “alienação rápida do banco”. Igualmente rápida deve ser a nomeação de uma nova administração, em sintonia com o “espírito do modelo” encontrado para o Novo Banco, defendeu Lobo Xavier.

“Não é bom, isto não é mais um momento bom. Ainda não estamos a ver momentos bons relativamente ao assunto BES, isto também não é bom”, disse. O advogado disse ainda ter a certeza que aquilo que os administradores “dizem no comunicado é aquilo que pensam”.

Para Vítor Bento e sua equipa ficou uma palavra de compreensão: “Foram convidados para assumir a administração do banco numa situação determinada em que não se tinham ainda verificado os eventos graves nem as verificações contabilísticas graves que depois vieram a suceder e também tinham sido convidados num momento em que não tinha atuado este esquema de resolução articulado entre Governo e o Banco de Portugal”, disse.

A equipa de gestão do Novo Banco liderada por Vítor Bento confirmou no sábado, em comunicado, que durante a semana apresentou ao Fundo de Resolução e ao Banco de Portugal a intenção de renunciar aos cargos desempenhados na administração da entidade.

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