Richard Leakey ou, então, o homem que declarou guerra aos caçadores de elefantes em terras africanas. É sobre ele que se baseia o próximo filme a ser realizado por Angelina Jolie. Africa vai focar-se na década de 1980, período durante o qual um político e conservacionista queniano travou uma violenta batalha contra o tráfico ilegal de marfim.

Richard Leakey foi presidente do Kenya Wildlife Service e ficou conhecido pelos métodos radicais aplicados, os quais incluíram enviar helicópteros com homens armados para os parques naturais — com o objetivo de ajudar na preservação das populações de rinocerontes e elefantes daquele país — e ordenar a destruição de um stock de marfim no valor de milhões de libras.

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Ainda assim, Leakey conseguiu angariar milhões oriundos dos governos ocidentais e orquestrou uma campanha (bem-sucedida) para proibir legalmente o respetivo comércio, travando a caça de elefantes. O Independent escreve que o seu mandato foi controverso, sobretudo tendo em conta a perda de receita proveniente do marfim, mas os métodos foram eficazes na conservação animal — não apenas no Quénia, mas também no mundo.

O filme baseado numa história real vai ser a quarta incursão da atriz de 39 anos nas lides da realização — foi a produtora Skydance Productions que convidou Angelina Jolie para ficar atrás das câmaras e comandar o projeto. O guião, por sua vez, ficou a cargo Eric Roth, também responsável pelo enredo de filmes como Forrest Gump (pelo qual ganhou um Óscar) e O Estranho Caso de Benjamin Button.

Segundo os meios internacionais, Jolie vê em Africa um filme sobre “um homem mergulhado num conflito violento com os traficantes de marfim e com um sentido profundo de responsabilidade para com o mundo que o rodeia”. Atualmente, a atriz e realizadora tem entre mãos a película By the sea, um drama por ela escrito e que conta com a participação do marido, Brad Pitt, além dos atores Mélanie Laurent e Niels Arestrup.