Nem sempre a tecnologia é sinónimo de sucesso, pelo contrário. Existem vários apanhados de gadgets que foram um falhanço, produtos postos no mercado e que pouco mais foram do que uma curiosidade. Os motivos são vários e muitas vezes difíceis de compreender. Má usabilidade, produtos mal explicados aos consumidores ou culpa das estratégias de marketing e vendas, são muitos os exemplos de produtos que não vingaram. Contas feitas, é quase sempre o desinteresse do consumidor o que dita o falhanço. Escolhemos cinco exemplos.
1. Fire Phone (Amazon)
Talvez ainda seja cedo considerar um falhanço um produto que foi lançado em junho deste ano, mas a atitude sugere os números que não se conhecem. A Amazon reduziu o preço do Fire Phone por contrato (dois anos) de 200 dólares para 99 cêntimos. Um sistema operativo completamente diferente do Android e do iOS, a restrição a apenas um operador (AT&T – EUA) são duas causas apontadas para tão pouco interesse, mas há mais. Nem o ecrã 3D parece motivar os consumidores.
2. Zune (Microsoft)
Lançado em 2006, o leitor multimédia da Microsoft que quis fazer concorrência ao iPod da Apple nunca passou de uma curiosidade. Na altura em que foi posto à venda os números prometiam, mas foi sol de pouca dura: a quota de mercado nunca teve mais de um dígito (contra os 75% do iPod). Em 2009, o Zune representava apenas 1% dos leitores MP3 do mercado global. Há quem diga que este “flop” salvou a Microsoft.
3. Nexus Q
A Google há muito que percebeu a importância dos leitores multimédia (media players), a prova está na persistência que culminou no Chromecast. Mas há dois anos houve uma primeira tentativa chamada Nexus Q. Era um objeto redondo para fazer streaming de vídeo que só podia ser controlado por um dispositivo Android e custava 300 dólares. As opiniões dos especialistas foram tão más que a Google desistiu e ofereceu os aparelhos a quem tinha feito a pré-encomenda.
4. PlayBook (BlackBerry)
Este tablet foi lançado em 2010, mas ficou conhecido mais pelo que não fazia do que pelas suas funcionalidades. Não tinha acesso ao email, Blackberry Message, calendário e contactos, nem ligação à internet móvel. A empresa canadiana corrigiu estas falhas mas foi demasiado tarde; o iPad, lançado no mesmo ano, tornou-se rei e senhor.
5. MessagePad (Apple)
Conceptualmente, podemos dizer que foi o protótipo do iPad. Foi criado em 1993 (sim, há 21 anos) pela Apple e corria um sistema operativo chamado “Newton”. Tratava-se de um assistente pessoal com capacidade para gerir agenda e contactos, tinha reconhecimento de escrita manual (convertia-a para digital) e podia ser ligado ao computador. O desenvolvimento do MessagePad foi cancelado em 1998, por Steve Jobs, que não acreditou nele. Houvesse internet “a sério” naquele tempo, talvez hoje a conversa fosse outra.