O que faz uma pessoa ser alta ou baixa está a ser, cada vez menos, um mistério para os cientistas. Uma equipa internacional de investigadores identificou 697 variações genéticas em 424 regiões do genoma humano que estão ligadas à altura do ser humano, de acordo com um estudo publicado, no domingo, na revista científica Nature Genetics.

É o maior estudo sobre este tema até à data: os cientistas acreditam que cerca de 80% da altura que um indivíduo alcança durante a vida é determinada por fatores hereditários, sendo que a percentagem restante é atribuída a fatores do ambiente em que este se desenvolve, como, em particular, a alimentação.

“Por mais de 100 anos, a altura de um indivíduo tem sido um modelo para estudar a genética de doenças como a obesidade, diabetes, asma, que também são causadas pela influência combinada de muitos genes”, afirmou Joel Hirschchorn, um médico pediatra e geneticista do hospital Boston Children, nos Estados Unidos da América, em declarações à agência Reuters. “Então, ao compreendermos o papel da genética na altura de um indivíduo, nós podemos compreender como funciona a parte genética de uma doença.”

Nas últimas gerações, a altura média do ser humano, dizem os investigadores, tem vindo a crescer, à medida que o acesso a uma alimentação mais equilibrada aumentou no mundo.

Para chegarem a estas conclusões, a equipa de investigadores analisou o genoma de mais de 200.000 pessoas da Europa, América do Norte e Austrália – todos descendentes de cidadãos europeus. Até este momento não se sabia que muitos dos genes identificados por este estudo tinham algum papel no crescimento do esqueleto.

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