O presidente da Jerónimo Martins Agroalimentar, António Serrano, explicou hoje à agência Lusa que a fábrica vai criar “cerca de 40 postos de trabalho diretos”, estando previsto que os indiretos sejam em “número superior”.

A fábrica vai ficar instalada na zona industrial de Portalegre, devendo as obras arrancar após um processo negocial que está a decorrer com o município e com a cooperativa Serraleite, empresa que também se dedica à produção de leite. A cooperativa Serraleite, com sede em Portalegre, também é “parceira” da Jerónimo Martins Agroalimentar neste novo projeto. “As obras irão começar assim que estiverem finalizados todos os procedimentos necessários à instalação da unidade de produção, nomeadamente a conclusão das negociações com o município e com a cooperativa Serraleite”, disse.

De acordo com António Serrano, a cooperativa Serraleite, que conta nos seus quadros com 70 funcionários, “assegurará o abastecimento da nova fábrica” ao nível da matéria-prima. “O escoamento da produção leiteira dos atuais associados da cooperativa estará assegurado e haverá, certamente, espaço para outros produtores se associarem à cooperativa. Para além disto, a Serraleite terá uma participação no capital da nova unidade”, acrescentou.

O presidente da Jerónimo Martins Agroalimentar explicou, ainda, que o grupo optou por realizar este investimento em Portalegre “na sequência da relação de parceria de negócio” que mantêm desde há cinco anos com a cooperativa Serraleite. “Por outro lado, acreditamos que no interior de Portugal existem várias oportunidades que devem ser analisadas, até porque a qualidade da rede viária facilita muito o transporte”, observou.

Contactada pela Lusa, a presidente da Câmara de Portalegre, Adelaide Teixeira, congratulou-se com o investimento, sublinhando que acompanha “há vários meses” todo este processo. “Este investimento vai trazer postos de trabalho e vai fazer a diferença na criação de valores nesta região, ao nível socioeconómico”, disse. “Esta fábrica vai arrastar outros investimentos. Nós temos a certeza disso, pois temos sido contactados, embora de forma informal, por outras empresas que questionam se este investimento da Jerónimo Martins vai avançar”, acrescentou.

O presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA), Armando Varela, também se mostrou “bastante satisfeito” com a concretização do projeto, sublinhando que, “a médio prazo”, poderá surgir na região um “cluster” da indústria dos laticínios.

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