Quem a dois soma três fica com cinco. Mas no caso, a FIFA não ficou, perdeu. Depois da Sony e da Emirates, foi a vez de outros três patrocinadores – a Castrol, a Continental e a Johnson & Johnson – abandonarem o organismo que rege o futebol mundial, revela o The Telegraph. Apesar de as companhias não o admitirem oficialmente, a decisão poderá ter sido motivada pelos escândalos de corrupção que envolveram os últimos anos de mandato de Joseph Blatter.

Esta decisão representa um enorme rombo nos cofres da organização que, de quatro em quatro anos, reúne as melhores seleções de futebol do mundo num único torneio: o Telegraph estima que a FIFA receba 1.307 milhões de euros dos vários parceiros comerciais.

Mas a atribuição controversa do Mundial de futebol à Rússia (2018) e ao Catar (2022) terão sido as últimas gotas de água para três dos maiores patrocinadores da FIFA – a Continental, por exemplo, era parceira comercial do organismo desde 2003.

Instado a comentar as recentes notícias, Damian Collins, parlamentar britânico e um dos promotores do New Fifa Now, um grupo de pressão que exige uma reforma urgente da governação da instância que dirige o futebol mundial, celebrou a decisão dos três patrocinadores, que considera lógica face à má imagem da FIFA.

“A FIFA é uma marca tóxica. Penso que é por isso que as companhias que se preocupam com a sua reputação não querem mais estar associados [à companhia]”.

Em vésperas das eleições que vão escolher o próximo dirigente máximo da FIFA, estas podem ser más notícias para Joseph Blatter, presidente da organização desde 1998.

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