Numa altura em que a economia russa atravessa grandes dificuldades por causa da quebra nos preços do petróleo e das sanções económicas devido à crise na Ucrânia, há, pelo menos, uma empresa com motivos para festejar. A Kalashnikov duplicou a produção no ano passado e apresentou receitas na ordem dos três mil milhões de rublos (o equivalente a 39,4 milhões de euros), um crescimento de 28% quando comparado com o ano 2013.

“Apesar das sanções, a Kalashnikov registou um lucro líquido pela primeira vez em sete anos”, disse o diretor-geral da empresa, Alexei Krivoruchko, em comunicado enviado à CNN.

A empresa que, no ano passado, fabricou 120 mil armas, foi uma das primeiras a quem foram aplicadas sanções comerciais, mas parece que os castigos tiveram um efeito contrário no negócio. A empresa justifica o crescimento com o aparecimento de novos clientes, principalmente na Ásia e na África, e com uma nova estratégia de marketing adotada no final de 2014. Sob o slogan “Protegendo a paz”, a empresa lançou uma nova marca destinada a civis, que inclui roupas e outros acessórios. A empresa espera que a produção cresça até 25% em 2015.

De lembrar que a defesa e a segurança nacional foram os únicos serviços que escaparam aos cortes orçamentais de 10% impostos pelo presidente Vladimir Putin. Entre 2012 e 2017, os gastos militares da Rússia deverão subir 85%.

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