O realizador polaco Roman Polanski compareceu nesta quarta-feira em tribunal para uma audiência na sequência do pedido de extradição feito pelos Estados Unidos por uma acusação de fazer sexo com uma menor de 13 anos, que o próprio admitiu. Polanski fugiu dos EUA em 1978, antes de poder ser julgado e vive agora em Paris.

A audiência está ser realizada à porta fechada, mas o juiz Dariusz Mazur, citado pela France Press, diz que é improvável que seja tomada uma decisão definitiva sobre o pedido de extradição ainda hoje. A decisão deverá ser tomada apenas abril, numa outra audiência que está já marcada.

Se o tribunal polaco decidir a favor do pedido dos EUA, o caso será então passado para o ministro da Justiça da Polónia. O advogado de Roman Polanski diz que o realizador quer clarificar a sua situação antes de começar a filmar na Polónia durante o verão. O pedido de extradição foi feito pelos Estados Unidos depois de várias estadas do realizador na Polónia nos últimos meses.

Roman Polanksi tem 81 anos e é de origem polaca, onde cresceu e começou a sua carreira, apesar de ter também nacionalidade francesa e viver em Paris. É considerado um dos melhores artistas da Polónia. Polanski sobreviveu à Segunda Guerra Mundial no gueto de Cracóvia, cidade onde está a ser ouvido, mas a sua mãe foi morta num dos campos de concentração do complexo de Auschwitz.

O realizador admitiu ter tido sexo com uma rapariga de 13 anos em 1977, enquanto vivia nos Estados Unidos. Depois de um acordo, esteve durante 42 dias detido numa prisão americana a fazer testes psiquiátricos. Na véspera de ser conhecida a sua sentença, o realizador fugiu dos Estados Unidos porque estava convencido que ia ser condenado a uma longa pena de prisão. Polanski realizou filmes como Chinatown, a Semente do Diabo, o Pianista e Repulsa.

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