A Orquestra de Câmara Portuguesa, sob a direção do maestro Pedro Carneiro, realiza esta quarta-feira, no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, o terceiro concerto do ciclo dedicado à integral das sinfonias de Robert Schumann e Johannes Brahms. Neste concerto são interpretadas as Sinfonias n.º 3, de Schumann e de Brahms, autores que compuseram, cada um, quatro sinfonias.

A Sinfonia n.º 3, de Schumann (1810-1856), foi escrita em dezembro de 1850, em Dusseldorf, na Alemanha, onde foi estreada no ano seguinte, em fevereiro, sob direção do próprio compositor, explica o CCB, em comunicado. Esta sinfonia é denominada “Renana”, nome que “provém do subtítulo previsto pelo compositor, ‘Episódio de uma vida nas margens do Reno'”, segundo a mesma fonte. “Schumann desejava, com esta obra, evocar o rio [Reno], as suas paisagens e as suas lendas na alma dos românticos alemães”, remata o CCB.

A 3.ª Sinfonia de Brahms (1833-1897) foi estreada em Viena, em dezembro de 1883, sob direção de Hans Richter.

“Esta é uma sinfonia marcada pelo heroísmo”, mas, “como sempre em Brahms, o conjunto da obra oferece uma mistura de sentimentos muito complexa”, afirma o CCB.

Este ciclo iniciou-se em janeiro deste ano, o segundo concerto realizou-se em março e o encerramento, com a interpretação das duas últimas sinfonias, está marcado para o próximo dia 06 de dezembro. O lema da Orquestra de Câmara Portuguesa (OCP) para este ano é “OCP: Espírito Radical!”.

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Sobre a dupla integral das sinfonias de Schumann e Brahms, a OCP salienta os “dois artistas ímpares, de rasgado génio, mas com uma prática de composição e de trabalho radicalmente diferentes”.

“Schumann descreveu o momento de inspiração como a centelha absoluta da criação artística, que sendo espontânea (o compositor escreveu muita desta música em episódios maníacos), nasce da autoimposição de uma difícil disciplina”, afirma a Orquestra em comunicado.

Brahms, por seu turno, prossegue a Orquestra, “é o exemplo da perfeição da arquitetura musical e do seu refinamento absoluto: sempre acolhendo ideias espontâneas, mas como ponto de partida para uma viagem universal”.