A EDP anunciou uma queda de 12% nos lucros do ano passado que se fixaram em 913 milhões de euros. Os resultados operacionais cresceram 11% para 2.443 milhões de euros. O presidente da empresa, António Mexia, destaca o comportamento dos resultados num enquadramento que descreve como desafiante, designadamente a nível fiscal e regulatório.

Os resultados em Portugal desceram 6%, influenciados pelo baixo nível de hidraulicidade, que foi o resultado da falta da pouca chuva. De positivo, António Mexia destaca o crescimento dos resultados operacionais no Brasil e da EDP Renováveis. No entanto, o lucro consolidado foi penalizado por causa da desvalorização do real face ao euro.

O presidente executivo destaca a resiliência dos resultados da elétrica que fica abaixo da fasquia dos mil milhões de euros, alcançados nos anos anteriores. Em 2014, o lucro da EDP beneficiou de uma mais-valia na venda da participação em Macau (venda da EDP Ásia), efeito que não se repetiu este ano. Por outro lado, os resultados no Brasil incorporaram o efeito da compra a desconto da participação na central de Pecém.

O investimento ascendeu a 1.700 milhões de euros, dos quais 700 milhões de euros em Portugal. A dívida líquida cresceu 2% para 17,4 mil milhões de euros, mas já baixou este ano com o encaixe na venda de operações eólicas nos Estados Unidos.

Dada a consistência dos resultados, a EDP vai propor um dividendo em linha com o pago nos anteriores, de 18,5 cêntimos por ação. O gestor destaca ainda a nota de diferenciação face a outras empresas. “Todas as companhias elétricas querem fazer hoje aquilo que a EDP fez a partir de 2006”: ano em que António Mexia assumiu a presidência executiva da empresa. Diversificação e renováveis, foram alguns dos fatores dessa estratégia realçados pelo líder da elétrica na conferência de imprensa que se realizou esta quinta-feira.

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