Os “Panama Papers” vieram pôr a descoberto os esquemas de enriquecimento ilícito de vários líderes e celebridades mundiais, que utilizaram a firma de advogados Mossack Fonseca para criar empresas em paraísos fiscais. Aquela que é a maior fuga de informação da história tem epicentro no Panamá, mas o país não figura sequer no top 10 dos que mais segredos financeiros esconde, explica a BBC.

Ao contrário do que se possa pensar, os centros financeiros offshore – como são chamados – não se encontram apenas em pequenas ilhas paradisíacas. Alex Cobham, da rede internacional Tax Justice, disse à BBC que “muitos dos países desenvolvidos têm legislações que permitem uma falta de transparência grande”.

Quais são, então, os países com mais segredos financeiros no mundo? Segundo o ranking da Tax Justice, a rede independente que foi lançada em 2003 para investigar e analisar a regulação financeira e a fiscalidade internacional, o Panamá só surge na 13ª posição. A liderar o ranking está a Suíça.

  1. Suíça: o país cujo sigilo bancário é quase inviolável, mas que já fez algumas concessões para cooperar em investigações internacionais sobre evasão fiscal.
  2. Hong Kong: a ex-colónia britânica é motivo de “grande preocupação” para a Tax Justice, porque possibilita, por exemplo, movimentar dinheiro sem se saber ao certo quem é o proprietário.
  3. Estados Unidos da América: Alex Cobham diz que os EUA são um país que o preocupa por várias razões. O facto de estados como Delware, Nevada ou Arizona terem regulações que permitem o sigilo financeiro é uma delas. Apesar de as autoridades afirmarem que não se faz nada de ilegal, a Tax Justice tem as suas dúvidas.

Aos EUA, seguem-se Singapura, as Ilhas Caimão, o Luxemburgo e o Líbano. A Alemanha surge na oitava posição. Explica a Tax Justice que, no centro financeiro de Frankfurt, não existe sigilo bancário, mas que existem alguns movimentos contra a transparência das operações financeiras. O Bahrein ocupa a nona posição do ranking, o Panamá a 13ª e o Reino Unido a 15ª.

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