A TAP anunciou esta terça-feira que transportou 52 mil passageiros até 25 de abril na ponte aérea lançada no final de março entre Lisboa e Porto, com uma taxa de ocupação média de 65%, superando “ligeiramente” as expectativas.

Num texto enviado à Lusa, o porta-voz da TAP André Serpa Soares sublinhou que a taxa de ocupação “tem vindo a crescer paulatinamente desde o lançamento da ponte aérea” e que a companhia aérea espera que “à medida que mais pessoas utilizaram e conhecerem o serviço ponte aérea, apercebendo-se das suas características e conveniência, este número irá aumentar”.

De acordo com a TAP, os 52 mil passageiros representam um aumento de 62% face a igual período de 2015, prévio ao lançamento da designada ponte aérea.

“Os períodos com maior procura são, no sentido Porto-Lisboa, entre as 06:30 e as 08:30 e, entre Lisboa e o Porto, ao final do dia, entre as 17:00 e as 22:30, o que comprova que a ponte aérea está a registar uma forte adesão dos utilizadores do aeroporto do Porto que viajam em negócios e em serviço”, sublinhou a TAP.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Adicionalmente, a companhia aérea realçou que “há também um número importante de turistas que visitam o Porto e que chegam à cidade através da ponte aérea provenientes de outras cidades para onde a TAP opera”.

Há dias, a TAP assegurou que a ponte aérea Porto-Lisboa, iniciada por aquela transportadora aérea há um mês, estava a decorrer com “normalidade” e que se tratava de produto cada vez “mais consistente”.

A 27 de março, a TAP duplicou as ligações aéreas entre Lisboa e o Porto, passando a ter 18 ligações diárias em cada sentido.

Este reforço da operação entre Lisboa e o Porto coincidiu com o fim de quatro rotas para destinos europeus, consideradas deficitárias pela companhia: Barcelona, Bruxelas, Milão e Roma a partir do Porto.

O fim das rotas a partir do Porto levou o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, a criticar a estratégia da TAP e a admitir “apelar ao boicote da região” à transportadora, acusando-a de ter em curso uma estratégia para “destruir o aeroporto Francisco Sá Carneiro”, no Porto, e construir, em Lisboa, “um novo aeroporto e uma nova ponte”.