A Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) irá ordenar 20 mil lugares de estacionamento na rua, sendo que mais de dois mil serão nas freguesias de Arroios e Penha de França, anunciou esta quarta-feira a administração.

Em 2017 queremos ordenar 20 mil lugares de estacionamento” em Lisboa, disse hoje o administrador da EMEL Jorge Oliveira, numa reunião de comissões da Assembleia Municipal de Lisboa (AML), onde se discutiu a criação de um parque de estacionamento nas freguesias de Penha de França e de Arroios.

Destes, “dois a três mil lugares” serão nestas freguesias, onde será aplicada a tarifa de zona verde (com o custo de oitenta cêntimos por hora).

Jorge Oliveira estimou que o estacionamento nesta zona da cidade esteja regulado “no primeiro semestre de 2017”.

A estes 20 mil lugares acrescem mais sete mil anunciados na terça-feira pelo presidente do município, com a criação de parques de estacionamento dissuasores e dirigidos a moradores.

Para o “final de 2016 estarão disponíveis mais 15 parques pela cidade, num total de dois mil lugares”, enquanto nos três primeiros trimestres de 2017 abrirão mais 22 parques do género, disse Fernando Medina.

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Uma nota do departamento de comunicação da Câmara informou que 1.700 lugares em parques dissuasores ficarão disponíveis nas zonas de Carnide e Pontinha, 375 em Pedrouços, 900 na Ameixoeira e 1.000 junto aos estádios de Alvalade e da Luz.

Hoje, a EMEL foi apresentar às Comissões Permanentes de Urbanismo, Ambiente e Mobilidade da AML o projeto que tem previsto para o chamado Jardim do Caracol da Penha.

A questão está a ser analisada pelas comissões, uma vez que deu entrada na Assembleia uma petição para que o espaço seja destinado a fruição.

A 13 de outubro, dois representantes dos peticionários justificaram aos deputados municipais das três comissões a necessidade deste jardim com o facto de “os espaços verdes na zona serem quase inexistentes” e não satisfazerem “minimamente as necessidades da população”.

“Temos verdadeiramente vontade de ter um espaço verde onde possamos ir”, frisou na altura Rita Cruz, defendendo que este fosse “fechado à noite, por razões de segurança”.

O projeto da EMEL prevê para o local 86 lugares de estacionamento (em duas plataformas) que deverão estar disponíveis “no segundo semestre de 2017”, com um investimento de 2,2 milhões de euros, afirmou o presidente, Luís Natal Marques, também presente na reunião.

A construção “deverá iniciar-se até ao final do ano, mais tardar nos primeiros dias de 2017”, afirmou Jorge oliveira perante os deputados municipais.

Até agora já foram realizados trabalhos de limpeza e demolições no terreno, observou o administrador, mas a contenção do terreno escarpado ainda não avançou, sendo esta uma das principais questões colocadas pelos deputados.

“Não nos parece que haja um risco mais elevado”, respondeu Jorge Oliveira.

Este parque terá uma entrada por cada uma das freguesias e será destinado a moradores, podendo também ser utilizado durante o dia por quem não tem dístico de residente”, apontou a EMEL.

A zona de fruição ficará na plataforma de cima, e incluirá um jardim, um quiosque, um miradouro, zona de esplanada, um bosque e um parque infantil.

A EMEL descartou, porém, a possibilidade de instalação de uma creche no local, advogando que aquela encosta é mais perigosa do que outras e a sua inclinação mete medo e, por bom senso, não se devem pôr crianças ali.

Este parque contará também com um caminho de atravessamento, que “cumpre em tudo o plano de acessibilidades”, firmou a empresa, questionada pelos deputados.