Depois da falência que obrigou à venda da marca que produziu um único modelo, o Fisker Karma, o dinamarquês Henrik Fisker prepara já o regresso aos palcos automobilísticos com uma nova criação: o Fisker EMotion, modelo de estreia da novíssima Fisker Inc., que o designer tem vindo a desvendar, pouco a pouco, através das redes sociais.

A última imagem divulgada deste novo desportivo eléctrico deu a conhecer a secção frontal do EMotion, juntando-se assim a outras, já publicadas, nas quais foi possível descobrir não apenas o veículo de perfil, como o próprio acesso ao habitáculo, o qual é feito através de portas de abertura invulgar – abrem para cima, num movimento designado de asas de borboleta, e que, de acordo com o fabricante, facilita tanto o acesso como a saída.

Embora sem revelar muito sobre aspectos técnicos, o designer afirmou já que a carroçaria do EMotion será construída em fibra de carbono, alumínio e materiais compósitos, sendo que, “graças à inovadora estrutura e proporções, [o desportivo] oferecerá um interior mais espaçoso que os seus rivais directos”. Anunciando mesmo “um enorme espaço para as pernas nos lugares traseiros”.

Ao mesmo tempo, o EMotion promete desde já uma autonomia a rondar os 645 km, com Fisker a assegurar que o primeiro modelo da sua nova marca automóvel “oferecerá a maior autonomia eléctrica de entre todos os automóveis do género fabricados até ao momento”.

Ao Business Insider, o dinamarquês revelou ainda que o EMotion utilizará supercondensadores de grafeno, ao invés das já tradicionais baterias de iões de lítio, com Fisker a garantir ter conseguido resolver o problema da densidade energética – aspecto que tem impedido a utilização desta tecnologia de forma mais disseminada na indústria automóvel, apesar da sua capacidade de recarregamento mais rápida. Segundo informações recentes, a Fisker Inc. terá já patenteado igualmente novos métodos que permitem reduzir os custos de produção do grafeno.

Henrik Fisker avançou ainda que o EMotion utilizará iluminação adaptativa em LED, propondo igualmente, como opção, “condução totalmente autónoma”, “assim que esta estiver totalmente desenvolvida e aprovada” pelo fornecedor a que recorre a marca. Ou seja, a mira está claramente apontada à Tesla, o alvo a abater.

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