A Suécia vai desembolsar um montante de seis milhões de dólares (5,4 milhões de euros) para apoiar as vítimas da seca que afeta as regiões centro e sul de Moçambique, anunciou esta quinta-feira a embaixada sueca em Maputo.

De acordo com um comunicado da embaixada da Suécia, o apoio está a ser canalizado através do consórcio humanitário COSACA, que tem como membros a Concern, Oxfam, Save the Children e CARE.

O dinheiro, segundo a nota, é destinado à aplicação do programa “Promovendo a recuperação e construção de resiliência para as pessoas afetadas pela seca em Moçambique”, que visa contribuir para os esforços empreendidos pelo Governo na resposta à seca e providenciar assistência alimentar, água e apoio nutricional aos agregados familiares, assim como apoiá-los na recuperação dos meios de subsistência.

“Estamos confiantes que o apoio disponibilizado pela Suécia e outros parceiros, através do COSACA, contribuirá para o alívio dos efeitos negativos da estiagem e o restabelecimento do bem-estar das famílias assoladas pela estiagem nas regiões centro e sul de Moçambique”, disse a embaixadora da Suécia em Moçambique, Irina Schoulgin Nyoni, citada no comunicado.

“Fazemos votos para que as famílias afetadas recuperem os seus meios de subsistência e retornem rapidamente às suas vidas quotidianas”, referiu ainda a embaixadora.

O programa pretende responder às necessidades de 206.560 pessoas ou 41.312 famílias gravemente afetadas pela seca nas províncias de Gaza, Inhambane, Manica e Sofala, indicou o comunicado.

Moçambique enfrenta atualmente a pior estiagem dos últimos 30 anos, causada pelo fenómeno climático El Niño.

Segundo o Relatório do Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) publicado em agosto de 2016, estima-se que mais de 1,5 milhões de pessoas vivem em situação de insegurança alimentar e necessitam de assistência alimentar urgente em sete províncias do país, nomeadamente Maputo, Gaza, Inhambane, Tete, Manica, Sofala e Zambézia.

Em abril, o Governo de Moçambique decretou “alerta vermelho institucional” devido ao agravamento da situação de insegurança alimentar nas zonas afetadas com vista a melhorar a mobilização do Governo e parceiros de assistência às populações.

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