Um empresário foi raptado na noite de terça-feira no bairro de Sommerschield, no centro da cidade de Maputo, por cinco homens armados, informaram testemunhas citadas esta quinta-feira na imprensa local.

A vítima, de 79 anos, possui uma ourivesaria no centro de Maputo, e foi levada quando se aproximava da sua casa, numa zona nobre da cidade, junto das residências de vários embaixadores europeus e do escritório do antigo Presidente moçambicano Armando Guebuza, no segundo caso de rapto na capital moçambicana em dois dias.

Na noite de segunda-feira, de acordo com a imprensa, o proprietário do Tiger Center, um centro comercial em Maputo, escapou de uma tentativa de rapto no parque do seu estabelecimento, quando saia do trabalho.

Testemunhas citadas pela imprensa disseram que o empresário estava na companhia dos seus filhos, quando foi abordado por quatro indivíduos armados que se faziam transportaram numa viatura todo-o-terreno.

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A vítima escapou graças à ajuda de vizinhos, que, ao aperceberem-se da ação, gritaram por socorro, tendo espantado os raptores.

A Lusa tentou, sem sucessos, contactar o porta-voz da Polícia da República de Moçambique.

A cidade de Maputo tem sido assolada por uma vaga de raptos desde 2012, atingindo dezenas de pessoas, incluindo cidadãos portugueses.

Apesar de várias pessoas terem sido condenadas a pesadas penas, este tipo de crime, que também afeta outras cidades moçambicanas, continua e as vítimas são habitualmente libertadas em circunstâncias que a polícia normalmente não explica, o que sugere o pagamento de elevadas somas de resgate.

Os últimos meses têm tido porém uma acalmia, interrompida com os dois casos desta semana.