A comunidade Moxihatetema, parte da tribo Yanomami, nativa da Amazónia, nunca foi contactada por outros grupos indígenas. A primeira vez que a comunidade foi avistada foi há mais de um ano, apenas através de imagens de satélite, e desde então que aqueles índios não eram encontrados. Agora, novas imagens aéreas captadas em setembro vêm assegurar que os Moxihatetema continuam a existir.

Foi durante uma operação de vigilância de acampamentos ilegais de mineiros que as imagens foram captadas. A ação insere-se numa operação da polícia e do exército para remover os acampamentos da região protegida — estima-se que dentro do território da tribo Yanomami haja cerca de cinco mil destes acampamentos.

Nas fotografias é possível ver uma estrutura circular, chamada maloca, que é a forma tradicional de habitação dos povos Yanomami. Além disso, a estrutura é maior do que a fotografada há mais de um ano, o que pode indicar a existência de mais elementos na tribo. A má notícia revelada pelas imagens é que a tribo nómada estará muito perto de um acampamento de mineiros altamente poluente.

As imagens foram divulgadas pela associação Hutukara, organização brasileira dedicada à proteção dos povos nativos Yanomami, que, estima-se, representem um total de 35 mil pessoas na região da Amazónia. A divulgação das novas imagens está também a fazer ressurgir o debate sobre a proteção das tribos indígenas no Brasil, que são muito ameaçadas pelos mineiros que têm invadido a região em busca de ouro. Foi a presença de explorações mineiras na Amazónia que aumentou a quantidade de doenças e de poluição nas fontes de água usadas pelos nativos.

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